Quinta-feira, 1 de novembro de 2007 - 07h04
Amanda Mota
Agência Brasil
Manaus - Os trabalhos necessários para incluir o Amazonas entre as áreas livres de febre aftosa já começaram. A informação é do secretário de Produção Rural do estado, Eron Bezerra. A meta, segundo ele, é alcançar esse patamar até 2009.
Para alcançar a meta, Bezerra destaca o empenho no cumprimento das obrigações estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, incluindo a realização de duas etapas da campanha de vacinação contra a aftosa, e afirma que, também buscando o isolamento da doença, serão concluídos até dezembro o cadastramento e o mapeamento dos rebanhos existentes em seis municípios, bem como das áreas onde vivem.
"O principal, nesta segunda etapa da campanha contra aftosa que começa hoje (1º), já estamos fazendo e vamos concluir até dezembro. Trata-se do cadastramento do rebanho de seis municípios. Vamos cadastrar e georreferenciar todos esses animais e propriedades, o que é uma exigência do Ministério da Agricultura para que possamos avançar para o estágio de área livre de febre aftosa, que pretendemos alcançar até 2009. Essa é a próxima etapa de nossa luta: tornar o Amazonas livre de febre aftosa", destaca.
O cadastramento cartográfico das propriedades rurais está sendo realizado pela Comissão Executiva Permanente de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Codesav) e ocorre inicialmente nos municípios de Parintins, Barreirinha e Nhamundá. Segundo a Sepror, o Amazonas tem 1.436.080 cabeças de gado atualmente.
O secretário de Produção Rural do Amazonas afirma que a medida é adotada paralelamente à segunda fase da campanha contra a aftosa. Ele explica que, no Amazonas, a vacina é disponibilizada ao pecuarista por um preço simbólico de R$ 0,60 que tem, sobretudo, um efeito de controle, já que o lucro não é o alvo da ação. Ele também afirma que a aplicação da vacina é feita pelos técnicos vinculados à Secretaria de Produção Rural (Sepror) e aos seus órgãos vinculados, como a Codesav.
"A vacina nos custa em torno de R$ 1,50, mas nós cobramos do produtor uma taxa de R$ 0,60, que é muito mais para efeito de controle do que qualquer outra coisa. Mantemos esse valor para assegurar que a população vai ter uma larga escala de vacinação e cobertura vacinal. O Amazonas é o único estado brasileiro que entrega a vacina mediante pequena contrapartida. Nós praticamente doamos a vacina ao produtor e também somos o único estado que vai em campo aplicar a vacina, o que nos outros estados é feito pelo produtor. O papel do órgão público é apenas fiscalizar, sem executar essa questão. Temos uma despesa de aproximadamente R$ 4 milhões em cada etapa da campanha. São cerca de R$ 8 milhões por ano para manter a coberturta vacinal neste patamar", declara.
Para Bezerra, o esforço é necessário sob pena de trazer prejuízos em quantias maiores do que as investidas. Ele destaca a importância para o Brasil das exportações de carne em 2006 e revela o empenho em contribuir para afastar o perigo da aftosa no Amazonas, apesar de o estado não ser exportador do produto.
"Este é um recurso que vale a pena ser gasto porque nós estamos tratando de 1,5 milhão de cabeças de gado. Se multiplicarmos esse número pelo preço médio de R$ 300 pago por cada cabeça, teremos R$ 450 milhões, ou seja, temos um rebanho cujo valor chega a esse montante. Além disso, se houver um foco de aftosa no Amazonas, não será o estado o principal prejudicadao, até porque nós não somos exportadores de carne. A carne que produzimos é consumida dentro do próprio estado. O grande prejudicado disso é o Brasil como um todo. Só no ano passado, a exportação de carne rendeu ao país 12 bilhões de dólares. Tudo isso revela o problema que teríamos se não houvesse uma cobertura vacinal e um controle rigoroso para o combate a aftosa", acrescenta.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, qualquer registro de aftosa causa impactos econômicos de grandes proporções em todo o país, interferindo diretamente nas exportações de carne e derivados de leite. A febre aftosa é uma doença contagiosa causada por vírus que provoca perda de peso e enfraquecimento por conta da falta de apetite e da dificuldade de mastigação em bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. Dependendo do caso, os animais contaminados podem morrer ou adquirir com mais facilidade outras doenças.
No Amazonas, o último registro de febre aftosa ocorreu no Careiro da Várzea em 2004, quando somente 60% do rebanho havia sido imunizado.
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