Quarta-feira, 18 de abril de 2012 - 07h20
Fábio Alencar
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) vêm promovendo, desde o último dia 13, workshops em suas áreas de abrangência para identificar as possibilidades de avanços da economia verde na região amazônica, destacando os empecilhos para a efetivação deste avanço, os conhecimentos científicos necessários para suportá-lo e as limitações que, porventura, impedem a geração e utilização destes conhecimentos “Precisamos de contribuições concretas que apontem os gargalos para o desenvolvimento, de modo a elaborar uma agenda única para apresentação na conferência Rio+20”, explica o assessor especial da SUFRAMA, Elilde Menezes.
Workshops já foram realizados em Boa Vista (RR), na última sexta-feira, e em Porto Velho (RO), nesta terça (17), e deverão ser feitos também em Rio Branco (AC) no dia 19 e em Manaus no dia 2 de maio.
Pelos dois primeiros realizados, já foi possível observar que o maior desafio será identificar e fomentar dinâmicas produtivas capazes de gerar riquezas – na região que corresponde a mais de 60% do território nacional - tendo em mente que a Amazônia é um universo de microrregiões com demandas específicas, que precisam ser respeitadas.
Esta característica foi destacada durante o workshop “Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia no contexto da economia verde: situação atual e desafios”, realizado no auditório do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) de Porto Velho. “A região tem uma grande diversidade étnica, biológica e geográfica. E as políticas de ciência, tecnologia e inovação têm sido trabalhadas de maneira colonialista, com um espírito de industrialização fordista. Não dá para padronizar os povos da floresta, é preciso estabelecer política de fortalecimento das bases científicas locais, o que inclui até mesmo o reforço na educação básica”, defendeu o pesquisador da Fiocruz, Roberto Nicolete.
Além da SUFRAMA, Inpa e Fiocruz, o evento contou com a participação de representantes de instituições como Sebrae, ICMBio, Ceplac, Sipam e de ONGs e instituições de ensino superior de Rondônia. Em comum, todos apontaram as dificuldades em produzir conhecimento na região disputando capital intelectual com outras regiões do País. “É difícil manter um quadro e mais ainda fixar doutores na Amazônia. E como podemos tirar um professor de sala de aula para fazer pesquisa? Cobrimos um santo e descobrimos outro. E não adianta oferecer bolsas para pesquisadores de fora, pois eles ganham muito mais onde estão”, lamentou Juliana Souza Closs Correia, da Faculdade São Lucas.
Soluções
O Workshop em Rondônia mostrou aos participantes que muitas soluções para os entraves da economia verde já estão à mão. Sipam e Ceplac observaram que a produção de cacau pode ser uma possível solução para recuperar matas ciliares, preservando bacias hidrográficas da região.
Inpa e Sebrae-RO estreitaram relações para estudar o comportamento do pirarucu em cativeiro. As faculdades presentes e a SUFRAMA viram a chance de reforçar parcerias para usar recursos do Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (Capda) em projetos para aproveitar resíduos tecnológicos do PIM. “Não há dúvida de que foi um evento extremamente produtivo”, comemorou o diretor do Inpa, Estevão Monteiro de Paula. Até o final do mês, cada Estado indicará um representante para levar suas propostas ao Fórum Técnico-Científico que será feito em paralelo à Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro.
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