Domingo, 8 de junho de 2008 - 13h58
A Amazônia Ocidental receberá a segunda maior torre de medição meteorológica do mundo. A primeira está localizada na Sibéria. O projeto Torre Alta de Observação da Amazônia (ATTO) permitirá o monitoramento de longo prazo cerca de 30 anos que será realizado por instituições do Brasil e na Alemanha.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), com o equipamento será possível realizar medições de forma contínua em uma área de observação com raio de centenas de quilômetros. A torre também possibilitará a comparação das emissões continentais com as naturais (camada planetária marítima).
Com a torre será possível avaliar a variação interanual da absorção de dióxido de carbono pela floresta. Tais informações são consideradas essenciais para o desenvolvimento de estratégias de redução das emissões causadas pelo desflorestamento.
O projeto está orçado em 1 milhão de euros. Para entrar em operação será necessária a concessão de licenças. A expectativa é que os trabalhos do projeto ATTO, que serão realizados por instituições do Brasil e da Alemanha, tenham início até outubro.
Do lado brasileiro, diversas instituições indicaram apoio ao projeto, como o Inpa, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Universidade de São Paulo, a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas e a Universidade do Estado do Amazonas. Do lado alemão, participarão o Ministério Nacional de Educação e Ciência, os institutos Max Planck de Química e de Biogeoquímica e a Cooperação Técnica da Alemanha (GTZ).
Segundo o pesquisador responsável pelo projeto, Juergen Kesselmeier, do Instituto Max Planck de Química, em uma altitude de 300 metros as condições são mais estáveis, o que permitirá avaliações gasosas sem interferência de outros fatores em um raio bem maior de centenas de quilômetros, diferentemente das torres atuais, que têm de 50 a 60 metros de altitude e medem as trocas gasosas apenas entre a biosfera e atmosfera.
A nova torre possibilitará medições em um estrato da atmosfera onde não há mais variação entre o dia e a noite, fotossíntese e radiações, disse Kesselmeier.
A grande vantagem da torre, de acordo com o pesquisador, é que ela produzirá dados parecidos com os obtidos por balões meteorológicos. Contudo, os balões sobem até um determinado ponto e têm um tempo de vida curto. Além disso, com ATTP, os dados serão fornecidos continuamente.
A torre será o elemento entre as medições feitas, em escala, na superfície terrestre, nas copas das árvores, na biosfera e na troposfera, em uma rede de estações de monitoramento nos diferentes continentes terrestres. Os dados obtidos por satélite, por exemplo, poderão ser ajustados com os obtidos próximos à superfície, disse.
As informações serão captadas automaticamente e enviadas para o solo. Os dados serão compartilhados entre os pesquisadores no âmbito do consórcio das instituições do Brasil e da Alemanha.
Fonte: Agência FAPESP
Juiz de Ji-Paraná reforça compromisso ambiental com o CIMCERO
Para ampliar o monitoramento das arboviroses, orientando a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e ao
Sesc Rondônia recebe menção honrosa por Projeto Sustentável de Biodigestor
O Serviço Social do Comércio em Rondônia (Sesc) recebeu mais um importante reconhecimento pela inovação e compromisso com a sustentabilidade. A inst
No último domingo (15), quase 600 mil filhotes de quelônios foram soltos às margens do rio Guaporé, entre os municípios de São Francisco do Guaporé
Idesc promove conferência sobre meio ambiente urbano
Visando a enriquecer a V Conferência Nacional do Meio Ambiente com debates e propostas sobre as áreas urbanas e as alterações climáticas decorrentes