Segunda-feira, 17 de outubro de 2011 - 12h15
O Aterro Sanitário da Usina Hidrelétrica Jirau tem sido referência no que diz respeito à qualidade, resultados e proteção ao meio ambiente. Tanto, que a Prefeitura de Porto Velho demonstrou interesse em aplicar, na cidade, o mesmo projeto. Esta foi a razão que motivou, no início deste mês, a visita ao canteiro de obras dos integrantes da Comissão Especial Permanente de Fiscalização do Contrato de Concessão de Limpeza Pública Municipal. A visita teve como objetivo, conhecer e verificar se o mesmo modelo é aplicável ao aterro sanitário municipal que está em fase de implantação.
Da concessionária de Jirau, Energia Sustentável do Brasil (ESBR), o coordenador de Meio Ambiente Marco Canedo explica que o Aterro Sanitário da Usina Hidrelétrica funciona de forma ordenada e atende aos resíduos do canteiro de obras, Nova Mutum Paraná e dos distritos Jaci Paraná, Abunã e União Bandeirantes. “Já atendemos boa parte das localidades que ficam nas proximidades do canteiro, funcionamos com um modelo sistematizado que oferece qualidade e uma disposição apropriada dos resíduos, evitando impactos negativos ao meio ambiente. É uma satisfação que o aterro sirva como modelo para o município”, enfatiza Canedo.
Para o presidente da Comissão do Município Clelson Ferreira, o modelo é perfeitamente viável para Porto Velho. “Pesquisamos bastante na internet, agora conferimos de perto como realmente funciona e constatamos que esta forma de gerenciamento de resíduos é segura”, afirmou Clelson.
A análise in loco, segundo ele, serviu também para sanar as dúvidas que a equipe tinha em relação à manta que protege o solo do contato com o chorume (substância líquida resultante do processo de putrefação, ou seja, apodrecimento de matérias orgânicas). Este líquido é muito encontrado em lixões e aterros sanitários. O processo adequado no tratamento do chorume é muito importante para o meio ambiente, pois evita contaminação de lençóis freáticos, rios, córregos, etc.
Centro de Tratamento de Resíduos - CTR
O CTR recebe resíduos de quatro localidades e todo o material do canteiro de obras da Usina Jirau, chegando a coletar mensalmente 394,51 toneladas, sendo 192,51 t referentes aos resíduos da obra e 202 t da coleta pública dos distritos, incluindo Nova Mutum Paraná. Dentro desta quantia total, ainda, 52 t são destinadas à reciclagem. O funcionamento do CTR é dividido em várias etapas, começando pela Unidade de Triagem e Compostagem (UTC).
Neste espaço é onde se faz diariamente toda a separação de materiais recicláveis, depois desta gestão é feito o fardamento do material que será comercializado. Os fardos pesam, em média, 180 kg a 230 kg. O espaço da compostagem é dividido em baias onde é armazenado o material orgânico do refeitório e onde é realizada a compostagem acelerada, que dura, em média, 70 dias. O espaço é todo forrado com madeira picotada e drenagem para captar o chorume.
Outro processo, de tratamento dos resíduos no CTR, é o espaço onde se armazenam os resíduos perigosos gerados na obra. O material fica separado por classificação em tambores e vai para incineração. Ali ficam armazenados materiais como serragem contaminada de óleo, mangueiras, filtros lubrificantes, estopas, entre outros. Em baias separadas se encontra o armazenamento de baterias, lâmpadas, produtos químicos e resíduos hospitalares. A incineração dos perigosos e hospitalares é feita em temperatura adequada, enquanto que as baterias e lâmpadas são destinadas a empresas específicas e devidamente licenciadas.
Os resíduos orgânicos não utilizados na compostagem e os que não servem para reciclagem são levados ao aterro sanitário, que atualmente está na sua quinta célula de acondicionamento. Cada célula dura, em média, cinco meses, tem uma capacidade de até sete mil metros cúbicos e é revestida por uma manta de proteção feita em polietileno de alta densidade, com espessura de um milímetro e meio que evita qualquer tipo de contato do chorume com o solo. As células do aterro são preenchidas em camadas. Cada camada de resíduo é coberta por material argiloso, a última camada tem uma espessura de 70 cm no ato de fechamento da célula. Cada célula do Aterro Sanitário também conta com um sistema de drenagem de gás e uma rede coletora de chorume, o qual é direcionado às lagoas de estabilização para seu tratamento, antes de ser lançado ao rio Madeira. Depois de três meses, o local passa pelo processo de revegetação.
Fonte: Comunica
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