Terça-feira, 3 de setembro de 2024 - 11h21
Com o objetivo de
atender às necessidades dos residentes da Reserva Extrativista Estadual (Resex)
do Rio Cautário, localizada no município de Costa Marques, que solicitaram um
plano de manejo de controle do Pirarucu (Arapaima
gigas), espécie não nativa da região, o governo de Rondônia
realizou, de 11 a 28 de agosto, a primeira etapa de pesca na localidade.
O
projeto é coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental
(Sedam) e teve início em 2021, abrangendo as unidades de conservação estaduais
de uso sustentável Resex do Rio Pacaás Novos e Resex do Rio Cautário. A
finalidade é implementar a captura do peixe em áreas onde a espécie não é
considerada nativa.
AÇÃO
CONJUNTA
O projeto
é coordenado pela Sedam e abrange as unidades de conservação estaduais de uso
sustentável
Para que a pesca ocorresse, a participação dos
comunitários foi fundamental. Os moradores tradicionais participaram
ativamente, pescando, eviscerando os peixes e realizando o planilhamento de
dados junto aos técnicos da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC).
Neste ano, o projeto alcançou recordes em
comparação aos anos anteriores, superando a quantidade de peixes e a quantidade
total de pescado, que somou quase duzentas unidades e mais de 9 toneladas. Todo
o recurso arrecadado com a venda do Pirarucu é dividido entre os comunitários
atendidos. A comercialização e divisão dos valores são de responsabilidade da
Associação dos Seringueiros do Vale do Guaporé (Aguapé), que reúne as famílias
tradicionais.
GESTÃO
SUSTENTÁVEL
O governador de Rondônia, Marcos Rocha salientou
que, o sucesso desta etapa do projeto é um reflexo do compromisso com a gestão
sustentável dos recursos naturais e a preservação ambiental. “O empenho dos
comunitários e o suporte da nossa equipe foram essenciais para superar as metas
estabelecidas. Estamos trabalhando para garantir que as necessidades das
comunidades locais sejam atendidas e a fauna nativa seja protegid
De
acordo com a analista ambiental da Sedam e coordenadora do manejo, Chirlaine
Varão, a assistência da Sedam foi fundamental para o sucesso desta etapa. “Com
o apoio da secretaria e os investimentos realizados no manejo, conseguimos
desenvolver um trabalho muito eficaz em 2024, contudo, não podemos esquecer a
importância das etapas anteriores à pesca, como a capacitação técnica e
comunitária e o estudo populacional dos peixes, que nos permite definir a
melhor estratégia para a pesca”, afirmou.
O
secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos comemorou os resultados. “Aumentamos a
eficácia das estratégias de manejo e controle graças ao trabalho dedicado de
nossa equipe, e ao suporte contínuo do governo. Esse avanço é um testemunho do
trabalho coletivo para enfrentar os desafios ambientais e promover a
conservação dos recursos naturais”, destacou.
MANEJO
E PRESERVAÇÃO
Líder
comunitário da Resex, Givanildo Gomes de Souza falou sobre a importância da
pesca: “Com toda a experiência que temos aqui na localidade, percebemos que os
peixes que usamos para nossa subsistência não eram mais encontrados como antes,
porque o Pirarucu se alimenta dessas espécies. Portanto, o manejo para a
erradicação é fundamental para nossa comunidade”, assegurou.
Nascida na Reserva
Extrativista, Taline Mendes da Silva destacou um dos pontos do projeto: “Aqui
não existe diferença de gênero. Todos são tratados igualmente e têm sua
importância no manejo. Nosso trabalho contribui para a preservação das espécies
nativas nos rios”, finalizo
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