Terça-feira, 1 de abril de 2008 - 08h10
São 30 toneladas de bananada por mês. Há 4 anos, 8% desta produção vão para o Japão.
São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, distante 20 mil quilômetros do Japão. Mas nem essa distância é capaz de impedir que os decasséguis, descendentes de japoneses, nascidos no Brasil, que vivem no Japão - possam matar a saudade de casa comendo bananada.
O doce começa com a seleção da banana. São 4,5 mil caixas de banana nanica por mês.
Os empresários têm três fornecedores de bananas e já combinam com eles, antecipadamente, o ponto que as bananas têm que chegar a São José do Rio Pardo. E é igual quando a gente vai ao supermercado, à feira e compra banana para comer no dia! Nem muito verde, nem muito madura. Senão, o doce não tem ponto.
Das caixas para a mesa. Depois de descascadas as bananas vão para o tacho. Aliás, seis tachos. As bananas são cozidas em banho-maria junto com o açúcar.
“O ponto tem que estar, mais ou menos, cremoso. Fica uma hora e meia, uma hora e quarenta dentro do tacho. Mas não tem máquina para saber o ponto, é na experiência. Quando fica firme no tacho, aí vai”, conta Adilson Marques Lopes, funcionário da fábrica.
Enquanto o ponto ainda não está bom, o empresário Oswaldo Merli explica que, além da banana e do açúcar, o doce leva um pozinho branco, o sorbato de potássio. Mas no Japão, esse conservante é proibido.
“Nós excluímos, fizemos teste lá no Japão, ele funcionou bem. Agora, no Brasil, nós tentamos excluir, mas não deu por causa da questão da umidade”, diz o empresário José Oswaldo Merli.
“Agora está no ponto. O próximo passo é pôr dentro da caixinha”, diz Adilson.
As caixinhas são fôrmas feitas de madeira, que mantêm a temperatura de 120ºC. Lá, a bananada é alisada e coberta com plástico.
De cada forminha saem vão sair 30 bananadas. O ponto é bem molinho, bem fofo, não gruda e está garantida a qualidade do produto.
Depois de um dia descansando, hora do corte. A máquina foi desenvolvida por um dos sócios da empresa, o engenheiro Raul Campanha. O pulo do gato é o sistema de lâminas que consegue cortar a bananada sem que ela grude.
Já envolvida no açúcar, a bananada entra de um tamanho e sai de outro. Com 6,5 centímetros. Esse é o tamanho exigido também pelo mercado japonês.
Para conquistar de uma vez esse mercado, o próximo passo dos empresários é mexer na receita. Os japoneses querem trocar a banana nanica pela prata e assim, atender o segmento esportivo no Japão.
“Eles querem com mais potássio, visando a parte de atletismo”, diz o empresário Antonio Raul Campanha.
São 30 toneladas de bananada por mês. Há 4 anos, 8% desta produção vão para o Japão. Bananada natural, sem açúcar e com coco.
Os empresários investiram R$ 200 mil no negócio. Hoje, o faturamento fica em torno de R$ 147 mil mensais. Mas eles têm estrutura para produzir quatro vezes mais. E se depender das negociações feitas com empresários japoneses, isso vai acontecer em breve.
“As vendas estão boas. O Japão, já faz muito tempo que a gente fornece. Está com uma venda constante e está crescendo bastante, agora, porque eles estão abrindo além do mercado latino, que tem os sansei, eles estão abrindo pro Japão também. E está aumentando bastante”, garante o empresário José Oswaldo Merli.
E a Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios que está nas bancas traz uma reportagem especial sobre exportações. Para maiores informações acesse: www.empresas.globo.com
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