Domingo, 20 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Bananada especial



São 30 toneladas de bananada por mês. Há 4 anos, 8% desta produção vão para o Japão


São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, distante 20 mil quilômetros do Japão. Mas nem essa distância é capaz de impedir que os decasséguis, descendentes de japoneses, nascidos no Brasil, que vivem no Japão - possam matar a saudade de casa comendo bananada.

O doce começa com a seleção da banana. São 4,5 mil caixas de banana nanica por mês.

Os empresários têm três fornecedores de bananas e já combinam com eles, antecipadamente, o ponto que as bananas têm que chegar a São José do Rio Pardo. E é igual quando a gente vai ao supermercado, à feira e compra banana para comer no dia! Nem muito verde, nem muito madura. Senão, o doce não tem ponto.

Das caixas para a mesa. Depois de descascadas as bananas vão para o tacho. Aliás, seis tachos. As bananas são cozidas em banho-maria junto com o açúcar.

“O ponto tem que estar, mais ou menos, cremoso. Fica uma hora e meia, uma hora e quarenta dentro do tacho. Mas não tem máquina para saber o ponto, é na experiência.  Quando fica firme no tacho, aí vai”, conta Adilson Marques Lopes, funcionário da fábrica.

Enquanto o ponto ainda não está bom, o empresário Oswaldo Merli explica que, além da banana e do açúcar, o doce leva um pozinho branco, o sorbato de potássio. Mas no Japão, esse conservante é proibido.

“Nós excluímos, fizemos teste lá no Japão, ele funcionou bem. Agora, no Brasil, nós tentamos excluir, mas não deu por causa da questão da umidade”, diz o empresário José Oswaldo Merli.

“Agora está no ponto. O próximo passo é pôr dentro da caixinha”, diz Adilson.

As caixinhas são fôrmas feitas de madeira, que mantêm a temperatura de 120ºC. Lá, a bananada é alisada e coberta com plástico.

De cada forminha saem vão sair 30 bananadas. O ponto é bem molinho, bem fofo, não gruda e está garantida a qualidade do produto.

Depois de um dia descansando, hora do corte. A máquina foi desenvolvida por um dos sócios da empresa, o engenheiro Raul Campanha. O pulo do gato é o sistema de lâminas que consegue cortar a bananada sem que ela grude.

Já envolvida no açúcar, a bananada entra de um tamanho e sai de outro. Com 6,5 centímetros. Esse é o tamanho exigido também pelo mercado japonês.

Para conquistar de uma vez esse mercado, o próximo passo dos empresários é mexer na receita. Os japoneses querem trocar a banana nanica pela prata e assim, atender o segmento esportivo no Japão.

“Eles querem com mais potássio, visando a parte de atletismo”, diz o empresário Antonio Raul Campanha.

São 30 toneladas de bananada por mês. Há 4 anos, 8% desta produção vão para o Japão. Bananada natural, sem açúcar e com coco.

Os empresários investiram R$ 200 mil no negócio. Hoje, o faturamento fica em torno de R$ 147 mil mensais. Mas eles têm estrutura para produzir quatro vezes mais.  E se depender das negociações feitas com empresários japoneses, isso vai acontecer em breve.

“As vendas estão boas. O Japão, já faz muito tempo que a gente fornece. Está com uma venda constante e está crescendo bastante, agora, porque eles estão abrindo além do mercado latino, que tem os sansei, eles estão abrindo pro Japão também. E está aumentando bastante”, garante o empresário José Oswaldo Merli.

E a Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios que está nas bancas traz uma reportagem especial sobre exportações. Para maiores informações acesse: www.empresas.globo.com

Gente de OpiniãoDomingo, 20 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Presidente da FIERO participa da estreia do programa “Fala Indústria” promovido pela CNI

Presidente da FIERO participa da estreia do programa “Fala Indústria” promovido pela CNI

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, participou nesta terça-feira, 15, da estreia do programa Fala

Rio Madeira está a mais de 1,5 metro da sua normalidade para o ano

Rio Madeira está a mais de 1,5 metro da sua normalidade para o ano

Neste sábado (12), o rio Madeira registrou a cota de 16,76 metros, se mantendo estável nas últimas 24 horas. De acordo com o Boletim de Monitorament

Abril Verde 2025: MPT-RO/AC abrirá campanha com mostra visual sobre mudanças climáticas e riscos no trabalho

Abril Verde 2025: MPT-RO/AC abrirá campanha com mostra visual sobre mudanças climáticas e riscos no trabalho

O Ministério Público do Trabalho em Rondônia e Acre (MPT-RO/AC) abrirá oficialmente a campanha “Abril Verde 2025” com a inauguração da mostra visual

Com 16,71 metros, rio Madeira se mantém estável, mas perto da cota de inundação

Com 16,71 metros, rio Madeira se mantém estável, mas perto da cota de inundação

O rio Madeira registrou, na manhã desta segunda-feira (7), o nível de 16,71 metros, indicando estabilidade em seu volume de água durante o final de se

Gente de Opinião Domingo, 20 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)