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Carneiros: Rondônia tem 2º maior rebanho da região Norte


Costeletas de carneiro assadas na brasa. Guisado ou à caçadora, com brócolis no vapor e batatas coradas. Cordeiro à cabidela, bisteca, buchada - não importa: qualquer que seja seu modo de preparo, a carne de carneiro é uma da mais apreciadas em todo o planeta, e, no Brasil, hoje, Rondônia já se inclui entre os Estados onde a ovinocultura se firma como atividade economicamente sustentável para centenas de pequenos produtores e, para o consumidor, pelo deleite à mesa, com uma das carnes mais macias e saborosas da culinária nacional.

Estas conclusões restam evidentes no "Diagnóstico da Ovinocultura de Rondônia em 2007 - Resultados e Discussões", elaborado e apresentado ao público no último sábado (14/07) em Ji-Paraná, durante a Expojipa, por técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e do Desenvolvimento Econômico e Social (SEAPES), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Emater/RO. "Esse estudo é pré-condição para que formatemos um plano de negócios dirigido à profissionalização do setor", ressaltou o Chefe de Gabinete da secretaria, Evaldo Lima, que representou o titular da pasta, Marco Antonio petisco, durante a apresentação na Expojipa

É de 107.000 cabeças, distribuídas majoritariamente em propriedades com até 100 animais, o rebanho atual, que concentra-se em torno de sete municípios-pólo: Porto Velho (16 400 cabeças), Ariquemes (14 140), Ji-Paraná (15 800), Pimenta Bueno (10 700), Vilhena (14 600), Rolim de Moura (14 000) e Alvorada do Oeste (10 900). Elas já representam mais de 20% de todo o plantel de carneiros, borregos e tenreiros criados nos Estados da região Norte, com destaque para Rolim de Moura e Alvorada do Oeste, onde os rebanhos praticamente duplicaram nos últimos quatro anos.

Os dados emergem de 180 entrevistas feitas por extensionistas da Emater em todos os 52 municípios, a partir de questionários formulados, compilados e decupados pelos médicos-veterinários Sandra Régia de paula Carvalho (SEAPES), Emanuela Panizi Souza (Emater/RO) e Francisco Goulart  Neto (Embrapa/RO), com criadores de pequeno e médio porte, entre novembro de 2006 e janeiro de 2007.

Os questionários revelaram dados interessantes: o sistema de criação mais adotado, por exemplo, ainda é o da monta natural, o que justifica o predomínio das variedades mestiças da raça Santa Inês no perfil genético do rebanho.

Sobre as condições climpátias, apuroru-se a semelhança com o da Austrália, que possui o terceiro maior rebanho mundial (106,4 milhões), atrás apenas de Índia (182,5 milhões) e China (366,6 milhões), e, especificamente em Rondônia, existe um componente cultural favorável ao crescimento da atividade: como boa parte da população é formada por migrantes vindos do Nordeste e da região Sul, onde se concentram os cinco maiores rebanhos nacionais (RS, 3.973 milhões de cabeças; BA, 3,732 milhões; CE, 2,044 milhões; PI, 1,643 milhões e PE, 1,122 milhões), o hábito de ter carneiro à mesa nas refeições tem maiores chances de se enraizar.

 "O estudo demonstra que, em todo o país, está em franca expansão o mercado consumidor para a carne ovina, tanto que, em 2006, foram importadas 8.200 toneladas, entre carne desossada e resfriada e carcaças congeladas",  afirma Marco Antonio Petisco, secretário titular da SEAPES.

À frente de programas de incentivo à produção de pequenos animais, o secretário de Estado da Agricultura observa: "Uma das principais constatações deste estudo é de que a cadeia produtiva pode atingir nos próximos anos um volume de produção suficiente para viabilizar a instalação de um frigorífico especializado no processamento da carne ovina, cuja arroba hoje vale de R$ 105,00 a 122,00 no mercado do interior de São Paulo". Como o período entre a cobertura das fêmeas e o abate oscila de 9 a 10 meses, o retorno do investimento também é mais rápido do que na bovinocultura de corte.

Fonte: Decom

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