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Meio Ambiente

CARTA DE RONDÔNIA


A comunidade regional e internacional reunida no plenário do auditório da Universidade Luterana do Brasil - Ulbra em Porto Velho, Rondônia, resolve propor aos organismos nacionais e internacionais medidas urgentes e mitigatórias visando aplacar o aquecimento global, longamente combatido no painel do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas -IPCC, e no relatório de desenvolvimento humano global do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, dentro das metas do milênio.

Rondônia que está no epicentro da questão energética e ambiental do planeta, às vésperas do leilão da primeira usina hidrelétrica do Rio Madeira, o maior afluente do Amazonas, reunindo Ongs, estudantes, empresários e agentes públicos, dentro da política de uma construção verde, deseja mostrar ao Brasil e ao mundo a sua preocupação com a sustentabilidade ambiental.

Afinados com as novas tendências mundiais, a plenária que está discutindo o tema do turismo sustentável como fator de integração latino-americana, os reflexos das plantações para composição do Biodiesel e etanol, o PAC, o gasoduto de Urucu e a instalação das Usinas hidrelétricas do Rio Madeira, demonstra total coerência ao apelar para os formadores de opinião e a mídia que repercutam o brado da população local da Amazônia sustentável contra o aquecimento global, firmando a posição que não abrirá mão de sua soberania ambiental, mas que, o mesmo tempo, tem direito a melhoria do desenvolvimento humano, havendo pois que se discutir, cada vez mais, os investimentos sustentáveis na região.

O WWF-Brasil alerta para as graves conseqüências do aquecimento global e do desmatamento sobre a Amazônia. De acordo com uma revisão de artigos científicos sobre o assunto, as mudanças climáticas poderiam transformar a maior parte da floresta Amazônica em Cerrado, resultando em enormes impactos sobre a biodiversidade e o clima do planeta. "Estamos correndo sérios riscos de perder boa parte da maior floresta tropical do mundo, pois, com um aquecimento de alguns graus, o processo de desertificação será irreversível", afirma Carlos Nobre, cientista do INPE e Presidente do Programa Internacional de Geosfera e Biosfera (IGBP - International Geophere-Biosphere Program).

Assim, as populações tradicionais, preocupadas com o crescimento das especulações causadas pelos grandes projetos que o PAC – Plano de aceleração de crescimento projetou para a amazônia, em especial para a área compreendida entre o sul do Estado do Amazonas, Rondônia e Acre, que já está produzindo o fenômeno do desenvolvimento, com aumento de investimentos nos setores da construção civil, industria e comércio, está lançando um grave alerta: esta importante parcela do povo amazônico brasileiro e internacional afirma no acalorado debate desenvolvido no Seminário Internacional de sustentabilidade, que não se omitirá diante da avalanche de problemas sócio - ambientais que hoje recaem sobre o imenso território verde da amazônia e compromete os ganhadores do leilão para que, a execução das usinas do Rio madeira, supostamente uma das dez maiores obras em construção hoje no planeta, assumam as responsabilidades compensatórias como prevêem os acordos para licenciamento ambiental prévio do complexo energético que ora se instala em Rondônia. Os dois lados da questão, tanto ambientalistas quanto desenvolvimentistas concordam em um ponto: é preciso que as políticas públicas para questão ambiental na amazônia, leve em consideração as peculiaridades locais, com seus sabores, cores e particularidades, pois vindo apenas de gabinetes refrigerados da distante brasília, com certeza não contemplará nem gregos nem troianos e o patrimônio cultural, ambiental, humano e material é altíssimo.

Além disso, considerando os níveis de demanda de energia necessária ao suporte do desenvolvimento em nosso estado, bem como a redução dos níveis de emissão de gases decorrente da queima de derivados de petróleo, exigimos que o gasoduto Urucu-Porto Velho passe a ter prioridade frente aos demais empreendimentos.

Fonte: Alex Sakai

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