Quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015 - 18h38
O rio Madeira alcançou na terça-feira (24) 16m44, acima do nível de alerta (16 m) e com chuvas
além da média em sua bacia hidrográfica, neste período do ano.
Essa elevação da cota deverá permanecer em elevação até o final de março, possivelmente chegando a 16,70m ainda nas próximas 24 horas. No entanto, na região de Porto Velho estima-se que o nível ainda esteja dois metros abaixo em relação ao do ano passado, informou o engenheiro hidrólogo Franco Turco Buffon, da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (Serviço Geológico do Brasil).
Em entrevista coletiva, o chefe da Residência da CPRM, Edgar Romeo Herrera de Figueiredo Iza, revelou que a situação do Rio Acre é a mais grave: em Brasileia e Xapuri, o nível está três metros acima da cota de inundação, e na capital, Rio Branco, aproximadamente 1,5m.
“Em quase todo o território nacional, o Departamento de Hidrologia é responsável por monitorar águas superficiais e subterrâneas, fazendo mapeamentos da susceptibilidade e definição de áreas consideradas de risco para as comunidades. Assim ocorre também aqui em Rondônia”, disse Edgar Iza.
Segundo o diretor de planejamento e operações do Corpo de Bombeiros de Rondônia, tenente Artur, a atuação das equipes dependem de solicitação do município atingido. “É prática comum”, explicou. A partir daí, a Defesa Civil Estadual também atua, conjuntamente com o CB, dispondo de sua estrutura.
Ainda conforme o oficial, em função do alto custo das operações, poucos municípios do estado têm condições de manter um quadro profissional necessário para atender às demandas. Este ano, por exemplo, a prefeitura de Porto Velho pediu auxílio para socorrer famílias desalojadas pela cheia em áreas mais baixas já atingidas pelas inundações.
O tenente Artur informou que o Plano Estadual de Contingência agregará os demais, dos municípios. Ressalvou que nem todos têm necessidade de planos próprios. E o denominado Procedimento Operacional Padrão (POP) funciona como resposta em Defesa Civil para definir ações que atendam às diretrizes do gestor, seja municipal ou estadual.
DEBAIXO D’ÁGUA
Chove muito, sem parar, na Bacia do Rio Acre. Há inundações em Assis Brasil, Brasileia, Xapuri e Rio Branco. Sem comunicações por telefone e pela internet, a equipe da CPRM ficou “ilhada” no domingo passado e nesta quarta-feira (25) será substituída por outra no trabalho de monitoramento de áreas alagadas e medição de vazões.
Dezembro, janeiro e fevereiro são os meses mais críticos em chuvas na Amazônia Ocidental Brasileira. Choverá ainda, entre o final de março e início de abril. “Qualquer chuva na Bacia do rio Madeira traz impacto a Porto Velho, mas apenas chuvas fortes e constantes devem preocupar, pois 50% do volume d’água vêm do rio Beni”, analisou o assistente de produção da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial da CPRM, Francisco Reis Barbosa.
Desde 2012, para aprofundar estudos da cheia, a CPRM usa batimetria para monitorar o volume de sedimentação do rio Madeira abaixo da barragem da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio. Segundo Barbosa, esse serviço possibilita a constatação de situações e efeitos do assoreamento e da erosão nas margens do rio. Recentemente, a Defesa Civil Estadual recebeu relatório da coleta de sedimentos.
O trabalho começou no Bairro do Triângulo, mas está limitado a pontos específicos. “Onde o rio é mais lento, existe aumento da sedimentação; em locais mais turbulentos, ocorre erosão”, ele observou.
MONITORAMENTO NO BENI
Embora tenha outros acordos, inclusive o que beneficia a sanidade bovina, a Bolívia não libera com facilidade informações hidrológicas. Só o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Nasa (administradora norte-americana de pesquisas espaciais) obtêm dados coletados na região do Beni, que também é conhecida por Amazônia Boliviana.
“Ainda existe limitação no modelo de previsão de cheias na região, porém, em Porto Velho ele será automatizado até julho deste ano”, previu Franco Buffon. Segundo ele, Rondônia tem quatro roteiros de operações e o Acre dois. O estado de Rondônia é atendido por 54 estações de monitoramento e a rede de alerta funciona em tempo real, fornecendo gráficos com volume de chuvas, níveis de rios e previsões.
Para o monitoramento da cheia e medição das vazões do rio Madeira, a CPRM apoia diretamente a Defesa Civil Estadual, o Sistema de Proteção da Amazônia, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental e a Prefeitura de Porto Velho. Os dados coletados pelo sistema de telemetria são enviados diariamente, via satélite, à Agência Nacional de Águas, em Brasília.
Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: CPRM e Marcos Freire
Decom - Governo de Rondônia
Rondônia é líder em controle de desmatamento na Amazônia Legal, destaca Ministério do Meio Ambiente
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Governo Federal, publicou nesta semana levantamento que mostra os índices de desmatamento em to
Operação “Silentium et Pax” do Batalhão de Polícia Ambiental reprime poluição sonora em Porto Velho
Em uma ação estratégica para garantir o sossego e a qualidade de vida da população, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) deu andamento à Operação “
Cremero implanta práticas internas entre colaboradores para incentivar a sustentabilidade
Como órgão público, é dever garantir que as atividades e decisões impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente. Esta é uma das premissas que
Porto de Porto Velho faz reconhecimento de pontos críticos no Rio Madeira
Com o objetivo de fazer o reconhecimento visual de pontos críticos do Rio Madeira, a diretoria do da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Ro