Sexta-feira, 14 de novembro de 2008 - 05h56
Embora o mês de novembro esteja pela metade, a quantidade de chuva que caiu no Cone Sul já superou o esperado para os 30 dias. O resultado de tanta água é uma cidade com problemas de infra-estrutura por todos os cantos.
Daniel Panobianco As projeções de chuvas abaixo da média, feitas por centros de pesquisas locais, na área entre Ji-Paraná e Vilhena, não se confirmaram. A chuva cai e com intensidade desde o final de outubro no Cone Sul, mais especialmente em Vilhena, cidade que enfrenta problemas crônicos, de anos, com a falta de intra-estrutura em suas principais vias.
Vários são os bairros da cidade que estão enfrentando ultimamente alagamentos a cada pancada de chuva mais forte que cai. Ao contrário do que muitos pensam pela cidade ser a mais plana de Rondônia e sem rios ou igarapés que cortam o perímetro urbano exceto o igarapé Pires de Sá os alagamentos têm se tornado freqüentes, com inundações momentâneas em várias residências, como a última ocorrida no dia 6 deste mês nos bairros São José, Setor 19 e Cristo Rei. O problema está na obstrução de diversos bueiros e valas de escoamento das águas pluviais, que não receberam melhorias da administração local.
No setor sul da cidade, várias ruas em região de declive, sentido igarapé Pires de Sá, estão com enormes crateras, que impedem o trânsito seguro na área. Carros já ficaram entalados em meio aos buracos formados pela enxurrada e pela falta de uma terraplenagem resistente ao rigoroso inverno amazônico, que todo vilhenense conhece muito bem.
Dados da estação automática do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) mostram que nesses 13 dias de novembro já choveu 289 milímetros, sendo que a média para todo o mês é de 250 mm. A maior precipitação acumulada em 24 horas foi de 83,6 mm no dia 6. Somente nas últimas 24 horas choveu em solo vilhenense 118,4 mm, sendo 44,4 mm no dia 12 e 74 mm ontem.
A situação em Vilhena tende a ficar critica, se medidas paliativas não sejam feitas com urgência nas principais vias, as mais danificadas pela força da enxurrada. Nos próximos 15 dias, modelos numéricos indicam até 200 mm de chuva em todo o Cone Sul de Rondônia, o que, além de causar transtornos à população local, pode comprometer o escoamento de produtos, principalmente os produzidos no setor de chácaras de Vilhena, um dos pontos mais prejudicados pelas péssimas condições das estradas.
Dados: INMET
Fonte: De olho no tempo
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