Sábado, 1 de dezembro de 2007 - 11h39
Desde janeiro não chovia acima da média climatológica no município. Somente agora em novembro é que a chuva superou a marca.
Daniel Panobianco A chuva que faltou este ano na região de Ji-Paraná, assim como em todo o Estado de Rondônia, agora chega com toda a intensidade. O ano de 2007 já é considerado como o mais seco no Estado, levando-se em consideração os totais de chuva acumulados e a média climatológica para cada período.
Em Ji-Paraná, por exemplo, a média de chuva ao final de cada mês esteve abaixo do normal desde janeiro, o que levou os dados finais a apresentarem grande déficit hídrico no período do 'verão amazônico'.
Os totais acumulados na cidade não passaram de 164,0 milímetros em janeiro, 242,4 mm em fevereiro e 233,1 mm em março, quando o normal para o trimestre mais chuvoso no sul da Amazônia seria de volumes entre 250 e 350 mm em cada mês.
A falta de chuva obrigou muitos agricultores a repassarem os gastos com irrigação na lavoura para o comércio em geral e o preço do gado, assim como em todo o Brasil, também teve uma alta significativa, agravada justamente pela forte estiagem. Na região central do Estado, vários rios secaram quase que completamente, como o Machado que atingiu no inicio de outubro, a menor marca dos últimos 30 anos, apenas 2 metros de profundidade. O normal para o período é de 6 metros.
Terminado o ciclo de forte bloqueio atmosférico, o que impediu a volta da chuva mais cedo este ano, ainda no inicio de setembro, os primeiros temporais pegaram muita gente de surpresa. Como de costume, o inicio e término do período chuvoso na Amazônia sempre é marcado por fortes temporais, onde é comum o registro de acumulados significativos em pouco tempo, intensas trovoadas, rajadas de vento e até granizo. O granizo em si foi destaque esse ano em Ji-Paraná. Em menos de 60 dias, quatro temporais com precipitação de granizo ocorreram no município, o que gerou transtornos à população, com destelhamento de construções.
Somente agora no mês de novembro, a chuva caiu em grande quantidade, ultrapassando inclusive, a média mensal que é de 212,8 mm, segundo dados da Embrapa.
O total acumulado em mais de 90% do município ultrapassou 300 mm, com picos de até 370 mm na divisa com o município de Vale do Anari, na Reserva Biológica do Jaru (REBIO).
Na zona urbana houve grande discrepância dos totais acumulados, com volumes de 280 mm em parte do Segundo Distrito, Zona Leste e um pouco mais, cerca de 310 mm na região do Primeiro Distrito, Zonas Oeste e Sul.
Somente nos últimos três dias de novembro, a chuva incessante acumulou mais de 150 mm em praticamente todo o município, o que imediatamente acarretou em diversos pontos de alagamentos, principalmente nas obras de canalização das águas pluviais que a prefeitura vem realizando há meses e conseqüentemente, na subida gradual do nível do Machado. Neste sábado, a régua instalada próxima ao Bairro Duque de Caxias marcou 8,89 metros. Quando o nível do rio chega a 9,50 metros, os pontos mais baixos dos Bairros Duque de Caxias e Urupá começam a transbordar.
Se a chuva continuar nessa intensidade, o ano de 2007 lembrado por muitos como o mais seco de todos os tempos poderá ficar marcado também por uma cheia de grandes proporções. Dois extremos em questão de dois meses. Essa é a força da natureza que se renova a cada dia!
Dados: PCD/CPTEC/INPE PCD/REBIO Estação Meteorológica Particular Corpo de Bombeiros - Fonte: De olho no tempo
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