Terça-feira, 10 de novembro de 2020 - 13h08
Realizar atividades produtivas viáveis sem prejudicar o meio ambiente é um desafio que move países de todo o mundo. Todos os anos, pesquisadores e cientistas buscam meio para aliar o desenvolvimento econômico às práticas sustentáveis, cada vez mais necessárias e urgentes
A degradação do planeta é uma realidade que ocorre através da extração desenfreada de matérias primas, emissão de gases causadores do efeito estufa, poluição das reservas de água doce e dos oceanos e também pelo impacto gerado por todo o lixo gerado nas atividades humanas.
Buscando se adequar às metas e diretrizes dos países desenvolvidos, o Brasil adotou, desde 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a conhecida PNRS, sancionada sob a Lei nº 12,305/10 do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Trata-se de uma série de ferramentas, metas e documentos que coordenam o tratamento dos resíduos sólidos no Brasil e que compartilha as responsabilidades dos resíduos gerados entre os poderes públicos, sociedade e empresas, que devem se adequar a rígidos procedimentos internos e prestações de contas aos órgãos ambientais reguladores de suas atividades.
O que muitas empresas podem ainda não saber sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos é que, para além de um compromisso com a sustentabilidade de suas atividades, suas diretrizes também propiciam uma série de vantagens financeiras.
“Não é raro que empresas de médio e que associam o processo de gerenciamento a uma série de burocracias e gastos, mas, na realidade, essa adequação pode ser simples de ser implementada, com tecnologias acessíveis e que trazem muita economia para suas operações em médio prazo” explica Guilherme Gusman, CTO e cofundador da VG Resíduos, startup mineira especializada em softwares de gestão de resíduos para empresas.
Gestão de Resíduos Sólidos e retorno financeiro
O cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos dentro das empresas também é uma medida estratégica para a otimização de processos internos. Isso acontece porque, dentro deste sistema de produção ambientalmente responsável, todo o ciclo produtivo precisa ser repensado e otimizado para que os resíduos gerados possam ser reduzidos desde sua origem, identificados e monitorados dentro e fora da empresa. Os impactos poderão ser sentidos na receita da empresa:
- Eliminando desperdícios
Uma das metas da PNRS é q diminuição da geração de resíduos em sua fonte, ou seja, dentro dos processos da empresa. Um plano de gerenciamento é capas de identificar pontos críticos tanto no consumo de matérias-primas quanto em processos que podem ser otimizados para consumir menos materiais, energia e tempo de trabalho.
- Digitalizando documentos
A maioria dos procedimentos padrão exigidos para que as empresas cumpram suas obrigações ambientais é feita através de sistemas integrados junto aos órgãos fiscalizadores. A emissão eletrônica de relatórios, manifestos e documentos poupa horas de mão de obra especializada e o os gastos com arquivamento físico de documentos em papel.
- Monitorando custos
O controle apurado das despesas e receitas referente ao tratamento e gerenciamento de resíduos pode identificar também uma série de impactos no orçamento da empresa.
- Adotando logística reversa e reciclagem
As empresas podem, literalmente, transformam lixo em lucro ao incentivar a reciclagem de seus materiais e resíduos, principalmente insumos e embalagens que podem, podem se transformar matéria-prima reutilizável. Para os resíduos mais difíceis de ser retrabalhados pela empresa, ou encaminhados para a coleta seletiva, há ainda a possibilidade de comercialização destes materiais a tratadores especializados.
Treinando colaboradores
Quando a empresa consegue treinar e engajar seus funcionários dentro do sistema de gerenciamento de resíduos, eles terão maior visibilidade do ciclo produtivo e mais cuidado, zelo e responsabilidade da manipulação e fabricação dos produtos, tornando-se mais especializados, produtivos e disciplinados quanto aos riscos ambientais do seu trabalho.
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