Quinta-feira, 12 de junho de 2008 - 11h33
Luana Lourenço
Agência Brasil
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, vai buscar apoio dos governadores para articular a participação de bombeiros e policiais militares de batalhões florestais na prevenção a crimes ambientais e incêndios florestais. A idéia, discutida hoje (11) entre Minc e o ministro da Justiça, Tarso Genro, é uma alternativa à criação de uma Guarda Nacional Ambiental, descartada pelo Ministério da Justiça.
Segundo Minc, ao contrário de uma corporação nos moldes da Força Nacional de Segurança, que atua em situações de emergência, o objetivo é articular agentes para trabalhar em ações de prevenção.
Será uma nova articulação com estados, envolvendo bombeiros e os batalhões florestais. No Brasil existem 9,6 mil homens e mulheres nos batalhões florestais e existem dezenas e dezenas de milhares de bombeiros. Delineamos um caminho para incorporar alguns deles na prevenção articulada também com o nível federal, detalhou.
O ministro afirmou que o primeiro passo para organizar a proposta, que chamou de Guarda Parque, é ouvir os governadores para definir que estados assinarão o convênio e os detalhes da atuação do grupo na prevenção. Acho que vai ser uma notícia bem recebida [pelos governadores]. É muito mais barato trabalhar notificando o proprietário, prevenindo a queimada, reforçando a defesa das unidades de conservação do que chorar atrás das floresta queimada, da seiva derramada, comparou.
Atualmente, o combate aos crimes ambientais é feito por órgãos federais, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Federal, e por polícias ambientais estaduais, que não atuam, necessariamente, de forma conjunta.
Ao deixar a reunião com Tarso Genro, Minc também anunciou a entrada da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na terceira etapa da Operação Arco de Fogo. A PRF vai atuar no controle da movimentação de material ilegal, principalmente em entroncamentos de rodovias federais.
Os dois ministros também discutiram a possibilidade de garantir que parte dos recursos obtidos em leilões de material apreendido pelas operações de controle de desmatamento sejam revertidos diretamente para o financiamento de ações ambientais. Atualmente, o dinheiro dos leilões vai para os cofres públicos sem destinação orçamentária pré-definida.
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