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Meio Ambiente

Desmatamentos são causados por assentamentos de reforma agrária


 
Roberta Lopes
Agência Brasil


Prefeitos de municípios com os maiores índices de desmatamento na Amazônia Legal atribuíram aos assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a responsabilidade pela maioria dos desmatamentos na região.

Eles estiveram reunidos hoje (12) com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de quem cobraram ajuda para realizar ações ambientais contra o desmatamento.

O prefeito de Nova Ubiratã (MT), Osmar Rossetto, disse que grande parte dos desmatamentos que ocorrem na área de seu município são causados por assentamentos da reforma agrária.

“Parte é reforma agrária, parte é desmatamento. Alguns desses desmatamentos são legais. O grande problema são os assentamentos porque não há licenciamento ambiental”, disse o prefeito que governa o município com o maior índice de área desmatada, entre 2007 e 2008.

O prefeito de outro município mato-grossense, Vila Rica (MT), Nataniel Calixto, disse que não tem nem carros para fazer a fiscalização ambiental. “Não temos nenhuma viatura. Como vamos fazer a fiscalização? Vemos imagens de satélite onde foi desmatado a até 200 quilômetros da sede do município e precisamos de apoio logístico para que o município possa fazer a fiscalização”.

Outro prefeito que também culpou os assentamentos do Incra pelo desmatamento foi o de Santana do Araguaia (PA), Gilgleider Ribeiro. Ele disse que 100% dos desmatamentos ocorridos no seu município localizam-se em assentamentos.

“O problema são os assentamentos e não os assentados. O maior desmatamento é feito pelo Incra”, disse. “Não existe nenhum tipo de fiscalização nos assentamentos”, acrescentou Ribeiro.

O assessor especial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Carlos Guedes, presente na reunião com os prefeitos e Minc, rebateu as críticas dos prefeitos em relação ao Incra, afirmando que menos de 20% do total das áreas desmatadas são de assentamento. O órgão é ligado ao MDA

Ele disse ainda que o Incra está “fazendo a sua parte” e afirmou que é necessário regularizar as terras e promover o desenvolvimento sustentável nos assentamentos. “O Incra fará sua parte para enfrentar as questões de investimento em infra-estrutura", disse.
 

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