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Meio Ambiente

Diretor da ANA diz que segurança hídrica depende de vontade política


Andreia Verdélio
Agência Brasil

O diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, disse hoje (4) que a gestão eficiente de recursos hídricos no Brasil depende de vontade política e ação por parte da sociedade civil. “No Sudeste, as pessoas não estão, na minha opinião, acreditando no que está acontecendo. Não há uma mobilização proporcional ao risco que se apresenta, a água precisa entrar na agenda política da sociedade". 

Para Andreu, há uma cultura de abundância no Brasil e sempre vai haver uma pressão por aumentar a oferta de água, principalmente com a inclusão de uma grande parcela da população nas relações de consumo.

“As pessoas quando tem mais renda utilizam mais água, seja no consumo próprio ou nos produtos que consome. Deveríamos ter uma campanha consistente no Brasil para tratar da questão das perdas de água. Se não houver uma redução dessa pressão vamos continuar pressionando os mananciais”, avaliou. 

A alternância do poder também é um fator que precisa ser levado em conta, segundo o presidente da ANA. “A questão do planejamento tem que estar ligada à continuidade e vontade politica de fazê-lo. No Nordeste, mesmo com divergências, a politica dos recursos hídricos continuou nos últimos 25 anos”, disse Andreu, explicando que os pojetos de segurança hídrica deve estar acima de questões políticas ou econômicas.

Andreu participou de audiência pública conjunta das comissões de Serviços de Infraestrutura e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado para falar sobre as perspectivas de racionamento de água no Brasil.

Segundo o presidente da ANA, é preciso retomar o diálogo para construção de reservatórios e de novas obras de transposição de rios no Brasil. “Há uma grande objeção a essas construções por conta dos impactos, que são reais. Mas precisamos colocar nessa contabilidade os ganhos. Parece que fazer reservatórios só traz problemas, mas eles oferecem a segurança hídrica necessária”, ponderou. 

A transposição do Rio São Francisco, por exemplo, é emblemática para Andreu, que  considera o impacto no rio muito pequeno diante da segurança hídrica  que a mudança no rumo de suas águas oferece. “No caso do Rio Paraíba do Sul, a água vai ter que vir de mais longe e, evidentemente, envolverá transposições”, comparou, em referência à possível transposição de um aflue

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