Segunda-feira, 27 de novembro de 2006 - 19h12
O relatório de análise do conteúdo dos Estudos e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) dos aproveitamentos hidrelétricos de Santo Antônio e Jirau no Rio Madeira, produzido pelos consultores da Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape), foi apresentado na tarde desta segunda-feira (27), durante audiência pública realizada pelo Ministério Público do Estado de Rondônia.
O diretor da Cobrape, engenheiro Carlos Alberto Amaral Pereira que fez a apresentação do relatório - , explicou que o trabalho envolveu uma equipe de cerca de 30 consultores. Eles analisaram o EIA/RIMA do projeto de implantação das hidrelétricas do Rio Madeira, aprimorando e ampliando as discussões de alguns pontos e sugerindo complementações para os programas de monitoramento e de medidas mitigadoras dos impactos a serem causados pela obra. "É impossível numa obra desse porte não haver impacto biológico, físico e sócio-econômico", reconhece o diretor da Cobrape.
Entre os impactos ambientais já apontados no EIA/RIMA estão a mudança da qualidade da água do Rio Madeira, o comprometimento da reprodução dos peixes e a perda de biodiversidade. Mas, o maior impacto, de acordo com o diretor da Cobrape, será no aspecto sócio-econômico. Segundo ele, as Prefeituras de Porto Velho e de outros municípios que serão afetados pela construção das hidrelétricas terão que enfrentar questões como a melhoria da infra-estrutura das cidades, que deverão ter sua população ampliada e aumento na demanda de serviços públicos.
A audiência foi aberta pelo Procurador-Geral de Justiça, Abdiel Ramos Figueira, que ressaltou o vulto da construção das hidrelétricas no Rio Madeira, com investimentos estimados de R$ 20 bilhões de reais, e que mudará a vida das futuras gerações do Estado de Rondônia. Abdiel Ramos enfatizou o pionerismo do Termo de Compromisso assinado entre o MP e as empresas Furnas e Odebrechet, responsáveis pelos empreendimentos, para produção do relatório sobre o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental do Empreendimento (EIA/RIMA). "Não há intenção do Ministério Público de inviabilizar esse empreendimento, mas sim de analisar as conseqüências ambientais e sócio-econômicas, acompanhando a aplicação de medidas mitigadoras desses impactos".
A audiência pública contou com a participação dos membros do Ministério Público Estadual e Federal, dos órgãos públicos ambientais (federais, estaduais e municipais), comunidades acadêmicas e sociedade civil (ONG´s). Estiveram também presentes os deputados federais Mariinha Raupp (PMDB) e Eduardo Valverde (PT) e o superintendente do Ibama em Rondônia, Osvaldo Pitaluga e o subprocurador-geral de Justiça, Ivo Benitez. O conteúdo completo do relatório elaborado pela Cobrape está disponível no site do Ministério Público de Rondônia (www.mp.ro.gov.br).
Fonte: Ascom/MPRO
Rondônia é líder em controle de desmatamento na Amazônia Legal, destaca Ministério do Meio Ambiente
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Governo Federal, publicou nesta semana levantamento que mostra os índices de desmatamento em to
Operação “Silentium et Pax” do Batalhão de Polícia Ambiental reprime poluição sonora em Porto Velho
Em uma ação estratégica para garantir o sossego e a qualidade de vida da população, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) deu andamento à Operação “
Cremero implanta práticas internas entre colaboradores para incentivar a sustentabilidade
Como órgão público, é dever garantir que as atividades e decisões impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente. Esta é uma das premissas que
Porto de Porto Velho faz reconhecimento de pontos críticos no Rio Madeira
Com o objetivo de fazer o reconhecimento visual de pontos críticos do Rio Madeira, a diretoria do da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Ro