Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

EMBRAPA: Aquecimento global prejudica milho e soja


Marco Antônio Soalheiro
Agência Brasil


Brasília - A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mantém equipes trabalhando em duas frentes sobre o aquecimento global: uma traça os principais impactos e a outra desenvolve variedades mais resistentes. Entre os cenários já vislumbrados, os efeitos mais graves do aumento da temperatura nas próximas décadas seriam sentidos especialmente pelo milho e pela soja, as duas principais culturas anuais do país.

“Essas culturas passariam a ter condições climáticas desfavoráveis na época em que necessitam muito de condições propícias como chuvas e temperaturas amenas na fase de florescimento”, afirmou o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária Fábio Marinho, em entrevista à Agência Brasil.

O pesquisador explicou que a agricultura brasileira não precisa hoje de irrigação em grande parte da área cultivada por contar com chuvas ainda em volume adequado e bem distribuídas. Entretanto, a se confirmarem as previsões do IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), o aumento de temperatura elevaria a demanda de água e se as chuvas não caírem de forma proporcional, as culturas passariam a ter deficiência hídrica e perderiam produtividade.

“Considerando que as chuvas permaneçam a mesma coisa e que a temperatura aumente de 2 a 4 graus nas próximas décadas, não será possível atender a demanda da soja e do milho”, disse Marinho.

As conseqüências no cenário nacional seriam, segundo o pesquisador, o agravamento da deficiência hídrica no Nordeste e perda de produtividade no cerrado, hoje de agricultura pujante. “A distribuição de chuva no cerrado não é tão boa. O volume é considerável, mas concentrado em quatro ou cinco meses do ano, mas isso pode não ser suficiente para atender a demanda toda".

A boa notícia trazida pela Embrapa é o fato dos pesquisadores da empresa já terem conseguido avanços na adaptação de plantas e grãos a partir de modificações genéticas naturais. Está em desenvolvimento, segundo informou Marinho, uma variedade de soja “mais resistente à seca e apta ao cultivo em regiões onde a disponibilidade de água não é a ideal.”

 

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Rondônia é líder em controle de desmatamento na Amazônia Legal, destaca Ministério do Meio Ambiente

Rondônia é líder em controle de desmatamento na Amazônia Legal, destaca Ministério do Meio Ambiente

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Governo Federal, publicou nesta semana levantamento que mostra os índices de desmatamento em to

Operação “Silentium et Pax” do Batalhão de Polícia Ambiental reprime poluição sonora em Porto Velho

Operação “Silentium et Pax” do Batalhão de Polícia Ambiental reprime poluição sonora em Porto Velho

Em uma ação estratégica para garantir o sossego e a qualidade de vida da população, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) deu andamento à Operação “

Cremero implanta práticas internas entre colaboradores para incentivar a sustentabilidade

Cremero implanta práticas internas entre colaboradores para incentivar a sustentabilidade

Como órgão público, é dever garantir que as atividades e decisões impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente. Esta é uma das premissas que

Porto de Porto Velho faz reconhecimento de pontos críticos no Rio Madeira

Porto de Porto Velho faz reconhecimento de pontos críticos no Rio Madeira

Com o objetivo de fazer o reconhecimento visual de pontos críticos do Rio Madeira, a diretoria do da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Ro

Gente de Opinião Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)