Segunda-feira, 14 de abril de 2008 - 10h41
O estado de Rondônia está numa situação privilegiada para a produção de forragem para seus rebanhos, entretanto, diferentemente de outras regiões da Amazônia, o estado possui um período seco característico que vai de junho a setembro. Com a aproximação deste período, é comum a baixa produtividade dos rebanhos em virtude da perda de qualidade das pastagens. Uma das alternativas para amenizar este problema é o uso do diferimento de pastagem, salienta o zootecnista e pesquisador da Embrapa Rondônia, Ricardo Gomes.
Esta prática consiste em suspender a utilização de parte das pastagens durante algum momento da estação das águas, possibilitando, dessa maneira, que a forragem acumulada durante o final das águas e início da seca seja utilizada para a alimentação do rebanho durante o período de estiagem das chuvas.
Pesquisas realizadas na Embrapa Rondônia, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, concluíram que o diferimento em abril, com utilização em junho e julho, proporcionou maiores teores de proteína bruta. Contudo, os maiores rendimentos de forragens foram verificados com o diferimento em março para utilização em julho e agosto. Como o período seco em Rondônia é longo (em torno de 4 meses) aconselha-se um diferimento em março, abril e maio e uso de julho a setembro.
Dentre todas as alternativas para reduzir as perdas dos rebanhos no período seco, o diferimento das pastagens é a mais econômica, entretanto é uma prática dependente das condições climáticas da região.
Ricardo Gomes enfatiza que o diferimento de pastagem é uma tecnologia simples, de baixo investimento e que proporciona melhor aproveitamento da pastagem produzida e de certa forma dependente das condições climáticas. Quando conduzida de forma correta e bem programada favorece o rebanho como um todo e torna menos desgastante para o produtor e os animais enfrentarem a seca.
Antes do isolamento da área é necessário que o produtor utilize o piquete aplicando ao mesmo uma carga elevada de animais. Aconselha-se o uso de 5 a 6 animais para que a forragem fique em torno de 20 cm de altura. Neste ponto os animais são retirados e se possível o produtor deve realizar uma adubação de cobertura com um produto nitrogenado. Outra atividade importante é o roço deste piquete para se evitar plantas invasoras, repetindo em todos os piquetes nos meses seguintes. Esta prática pode ser feita com todas as pastagens, embora, de acordo com o pesquisador, forragens com uma melhor manutenção do valor nutricional, como as braquiárias, durante o período da vedação e maior relação da folha com a haste são as mais recomendadas. Ele esclarece que para produção de pastagem intensiva e em pastagens irrigadas não se deve fazer o uso desta técnica.
Portanto, o produtor deve entender que bem realizada esta prática, associada às chuvas regulares, será reduzida a perda de peso no rebanho no período seco possibilitando assim um aumento na eficiência produtiva e reprodutiva do rebanho. A manutenção do peso ou pequenos ganhos de peso no período seco influencia positivamente a qualidade sanitária do rebanho e a eficiência reprodutiva das fêmeas reduzindo o intervalo de partos.
Fonte: Embrapa - Daniela Garcia Collares (MTb/114/01 RR)
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