Sexta-feira, 14 de novembro de 2008 - 09h30
Representantes do Sistema Florestal Brasileiro (SFB), Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Instituto Chico Mendes, Universidade Federal de Rondônia e empresas florestais se reúnem em Porto Velho (RO), entre 13 e 15 de novembro para avaliar a incorporação do Modelo Digital de Exploração Florestal (Modeflora) como uma das tecnologias utilizadas no processo de exploração das áreas de concessão florestal. A primeira área a ser explorada no regime de concessão, regulamentado pela Lei de Gestão das Florestas Públicas, será a Floresta Nacional do Jamari, localizada no estado de Rondônia.
Durante a reunião articulada pelo Sistema Florestal Brasileiro, o pesquisador Evandro Orfanó apresentará a tecnologia, destacando os procedimentos para sua adoção e as vantagens ambientais, sociais e econômicas em relação ao modelo tradicional de manejo da floresta.
Lançado no final de 2007, pela Embrapa Acre (Rio Branco) e Embrapa Floresta (Colombo/PA), unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Modeflora vem sendo adotado por empresas madeireiras do Acre, com comprovada eficiência. O alto grau de precisão das informações fornecidas pelo sistema proporciona melhor planejamento, execução e controle da atividade de manejo florestal.
A Lei de Gestão das Florestas Públicas concede a empresas privadas o direito de exploração de áreas da floresta amazônica, por meio de licitação pública e com base em um modelo de produção sustentável. Segundo Orfanó, a adoção do Modeflora pelas concessionárias, além de tornar o manejo da floresta mais rentável, com melhor aproveitamento dos recursos madeireiros, vai garantir maior sustentabilidade à atividade, uma das premissas básicas da concessão de florestas públicas.
Transparência
Com 220 mil hectares, a Floresta Nacional do Jamari abrange os municípios de Candeias do Jamari, Itapuã do Oeste e Cujubim. As empresas Alex Madeiras, Sakura e Amata, vencedoras da licitação, vão explorar unidades de manejo florestal com 17, 33 e 46 mil hectares, respectivamente, por períodos que variam de 5 a 40 anos. Poderão ser comercializados produtos como madeiras nobres, sementes, frutos e óleos, além do ecoturismo e práticas esportivas. As atividades serão fiscalizadas pelo Ibama e Serviço Florestal Brasileiro.
As concessões públicas permitem a exploração anual de grandes extensões de floresta e isto exige a utilização de recursos tecnológicos que ofereçam informações seguras e precisas nas diversas etapas do manejo. "O modelo tradicional de manejo florestal é falho e, portanto, não oferece confiabilidade para a exploração de áreas públicas. Com um percentual de acerto de 98%, o sistema digital reúne todos os instrumentos necessários para a gestão destas áreas. Além de possibilitar o monitoramento e fiscalização de todas as fases do processo, a tecnologia reduz custos e o impacto da atividade sobre a floresta", afirma Orfanó.
Segundo o pesquisador, a adoção de tecnologias modernas para fiscalização das áreas de concessão é uma exigência prevista em Edital e o Modeflora está entre as alternativas tecnológicas que poderão tornar o processo mais transparente. O sistema realiza o rastreamento da área manejada, utilizando imagens de satélite, e democratiza as informações, permitindo tanto à sociedade civil como aos órgãos ambientais o acompanhamento das atividades pela internet.
Primeira experiência
Na opinião de Orfanó, esta primeira experiência colocará em teste todos os critérios de sustentabilidade da atividade de manejo em florestas públicas. O modelo digital interessa a todos os atores envolvidos na gestão dos recursos florestais do País por que é uma tecnologia funcional e eficaz. "Do ponto de vista empresarial, o que mais pesa na avaliação do sistema é o alto rendimento da atividade de manejo; já os órgãos ambientais levarão em consideração, principalmente, aspectos relacionados à fiscalização e controle", acrescenta.
Os resultados da aplicação do Modeflora em áreas de florestas do Acre despertaram o interesse de instituições de todo o Brasil e diversos estados se preparam para adotar a tecnologia. "Em dez meses a Embrapa Acre realizou 500 horas de treinamento, envolvendo a participação de engenheiros, professores, técnicos florestais e estudantes das várias regiões. A idéia é que os cerca de 50 profissionais treinados no Acre possam apoiar a adoção do sistema em Rondônia, para exploração das áreas licitadas", diz Judson Ferreira Valentim, chefe geral da Embrapa Acre.
Para 2009 estão previstos treinamentos em todos os estados da Amazônia. A expectativa é que a partir daí os planos de manejo desenvolvidos na região, inclusive os comunitários, utilizem o modelo digital de exploração florestal.
Fonte: Embrapa Ac
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