Sexta-feira, 25 de janeiro de 2008 - 14h07
Quase mil pessoas estão desabrigadas no município de Cruzeiro do Sul, localizado na região do Vale do Juruá, por causa da alagação do Rio Juruá. Os principais bairros atingidos pela enchente são: Lagoa, Buritizal, Cobal, Foz do Moa, Várzea, Cruzeirinho e Olivença.
A última leitura da Defesa Civil apontou que o rio tinha atingido a cota de quase 14 metros (13,95 metros), ultrapassando com isso, a cota de transbordamento. Socorridas pela Defesa Civil Municipal e militares do Corpo de Bombeiros Militar CBM, as famílias foram encaminhadas aos alojamentos improvisados, segundo declaração do coordenador da Defesa Civil James Cley Silva de Carvalho, tenente do Corpo de Bombeiros Militar do Acre CBM, por telefone, no dia de ontem, sobre a alagação do rio Juruá.
Segundo ele, 810 famílias tiveram que ser removidas para as escolas da rede pública, outras sitiadas pela alagação, estão buscando socorro na casa de parentes ou amigos. Por enquanto, estão contabilizando os prejuízos na zona rural, principalmente nas comunidades ribeirinhas que perderam toda a plantação. Mas o rio continua apresentando sinal de vazante nas cabeceiras, observou o oficial do CBM.
Segundo Maria das Vitórias, uma equipe de médicos do Programa de Saúde da Família PSF estão percorrendo os alojamentos, para dar assistência aos desabrigados. As equipes itinerantes dos Agentes Comunitários de Saúde ACS estão percorrendo os alojamentos, para distribui soro hidratante para as crianças, cloro e orientam as famílias sobre os riscos das doenças infecto-contagiosas: leptospirose, hepatite A, febre tifóide e diarréia. Estas medidas, preventivas, tem como objetivo conscientizar as famílias desabrigadas, para tomar os cuidados necessários para se proteger contra doenças transmitidas pela água contaminada, finalizou a secretaria de Assistência Social.
Com enchente não tem carnaval
A secretária municipal de cultura - Albélia Bezerra revelou que se o rio continuar subindo, o poder público suspenderá os festejos do carnaval. Afinal de contas, não haverá clima para festa se novas famílias continuarem sendo desabrigadas na área mais baixa. Com o problema dos desabrigados, a sociedade solidária com as vítimas não tem espírito carnavalesco disse.
Albélia explicou que os preparativos da festa estão bastante adiantados, porque os trabalhadores já estão montando o palco e as arquibancadas na Praça do Centro Cultural, para os shows e o desfile das escolas de samba. A Prefeitura de Cruzeiro do Sul já garantiu mais de R$ 40.00 para as quatro escolas de samba para comprar as fantasias e montar os carros alegóricos.
Fonte: O Rio Branco
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