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Meio Ambiente

ESBR realiza workshop sobre a dinâmica do mercúrio na Amazônia


 
Objetivo foi compartilhar as informações adquiridas no primeiro ano do projeto

O 1º Workshop, realizado em Porto Velho nos dias 7 e 8 de Maio, com a presença de representantes de diversas instituições do país teve como objetivo, compartilhar as informações adquiridas ao longo do primeiro ano de execução do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), intitulado “Biomarcadores de Toxicidade do Mercúrio Aplicados ao Setor Hidrelétrico na Região Amazônica”.

Este projeto, financiado pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR), por meio do Programa de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) – P&D/ANEEL (6631-0001/2012) implica no estudo de peixes e leite materno da população tradicional da região Amazônica, para verificar a dinâmica do mercúrio na forma de metilmercúrio. Os estudos foram iniciados em abril de 2013 e seguem por mais três anos com investimento total de R$ 4.730.200,08.

O workshop teve como um dos seus principais objetivos gerar e promover a disseminação dos conhecimentos adquiridos no primeiro ano do projeto. A transformação da pesquisa em inovação tecnológica é a mola mestra do Programa de P&D e este projeto já possibilitou a capacitação profissional, por meio do desenvolvimento de dissertações e teses abordando assuntos relacionados à atividade fim do estudo. Nesse contexto, o workshop contou com autoridades, pesquisadores e Instituições, proporcionando a difusão e a transferência da tecnologia relacionada às atividades de P&D através do compartilhamento das informações produzidas até o momento; além de permitir uma maior interação dos envolvidos e interessados no assunto, com melhor aproveitamento dos resultados tanto para a ESBR quanto para a sociedade em geral.

Durante a cerimônia de abertura do evento, o Diretor de Operação da ESBR Isac Teixeira, ressaltou que o projeto proporcionará informações comprovadas cientificamente para auxiliar futuros investimentos na região Amazônica. “O projeto de P&D deixará um grande legado para a Ciência e também para a história da UHE Jirau.”, enfatizou.

O Superintendente de Comunicação e Representação Institucional da ANEEL, Hércio Brandão, parabenizou a ESBR pelo tema escolhido para o projeto. De acordo com o Superintendente, a pesquisa sobre a dinâmica do mercúrio na bacia do Madeira é necessária e eventos como o workshop são importantes para democratizar o conhecimento adquirido.

Já Ivan Marques de Toledo, reitor da Universidade de Brasília (UnB), destacou a característica multidisciplinar do projeto, que reúne pesquisadores de diversas instituições do país. “Tenho certeza que essa parceria com a ESBR será um sucesso, pois profissionais altamente qualificados estão envolvidos em todo o processo”, declarou.

A programação do workshop foi composta por palestras e apresentação dos trabalhos de pesquisa financiados pelo projeto, além de visita aos principais setores e estruturas da Usina Hidrelétrica Jirau, como as instalações do Edifício de Controle, área de montagem da Casa de Força e Vertedouro.
De acordo com Ramon Campos e Gizele Ferreira, da Coordenação de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da ESBR, a missão da área de P&D da empresa é fomentar a pesquisa e a inovação científica e tecnológica, motivada pelos princípios do desenvolvimento sustentável. Visa criar um ambiente que estimule a inovação, o espírito empreendedor, promova a competitividade com vistas à geração de novos conhecimentos e favoreça o incremento tecnológico no Brasil, proporcionando benefícios para as empresas, entidades executoras ou parceiras, bem como para a qualidade de vida da sociedade. O projeto de P&D “Biomarcadores de Toxicidade do Mercúrio Aplicados ao Setor Hidrelétrico na Região Amazônica” é mais uma atividade de busca e transformação do resultado da pesquisa em inovação tecnológica frente aos desafios existentes no Setor Elétrico Brasileiro.

Pesquisadores utilizam método inovador

O gerenciamento do Projeto de P&D pela ESBR está sob a supervisão do Coordenador de Meio Físico e Biótico Paulo Sado. E a coordenação da pesquisa está sob a responsabilidade da Faculdade UnB Planaltina (FUP), pelo Prof. Dr. Luiz Fabrício Zara, que sedia um dos eixos do estudo com atuação de pós-graduandos. Além dos pesquisadores da FUB/UnB, o projeto agrega pesquisadores da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) de Araraquara e de Botucatu, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) e da empresa Venturo Análise, permitindo assim o intercâmbio, a disseminação das informações e o conhecimento gerado. As atividades de pesquisa são desenvolvidas em fluxo contínuo nas instituições da rede de pesquisadores do projeto P&D, possibilitando o intercâmbio dos alunos de pós-graduação e a troca de experiências. As expedições de campo na região Amazônica são compostas por uma equipe multidisciplinar, viabilizando o desenvolvimento de trabalhos científicos transdisciplinares.

De acordo com Luiz Fabrício Zara, Coordenador da Pesquisa de P&D pela Faculdade UnB Planaltina, a ferramenta utilizada chamada Metalômica é inovadora, pois trata-se de uma ciência que busca metaloproteínas nos peixes e no leite materno como indicadores do fluxo de mercúrio na cadeia alimentar.

“Sabemos que a maior fonte de exposição humana ao mercúrio é através do peixe. Dessa forma, o grupo de pesquisadores irá buscar ao longo dos quatro anos do projeto, bioindicadores eficientes tornando os programas de monitoramento mais robustos e respaldando tecnicamente o setor hidrelétrico quanto à sua responsabilidade socioambiental.”, disse Zara.

Fonte: Queli Cristina / Comunica

 

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