Quarta-feira, 30 de janeiro de 2008 - 16h07
Para presidente de Conselho da Anace, atenção deve ser para obras já autorizadas pelos órgãos ambientais responsáveis
BRASÍLIA, 30 de janeiro – “É prudente economizar energia. Insuficiência de instalações, insuficiência de chuvas e crescimento da economia foram as três causas que acarretaram o racionamento de energia ocorrido em 2001. A situação hoje é menos grave”. Essa afirmação foi feita pelo presidente do Conselho Administrativo da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Lindolfo Ernesto Paixão.
Segundo ele, a crise energética em que vive o País atualmente, acontece devido ao esquecimento da população e a falta de interesse do Governo Federal. “A população voltou a desperdiçar, não se importando nem com o próprio prejuízo e governo diz que não há crise e a culpa é meteorológica”.
Paixão garantiu que para os próximos anos, até 2011, a atenção deve-se voltar para a conclusão das obras em andamento que irão suprir a demanda de energia e também para as campanhas de motivação e alerta para um possível racionamento ainda este ano. “Faltam algumas obras, não há uma seca assumida, mas as chuvas andam escassas e os reservatórios estão com pouca água”.
Ernesto Paixão destacou que a mais fácil e responsável ação governamental seria a atuação sobre o mercado, promovendo seu crescimento nos segmentos produtivos e desestimulando o seu desperdício e o uso supérfluo de energia antes que a crise se instale. “É melhor prevenir do que remediar e mesmo que o racionamento e a crise vierem, virão mais brandos”.
O cenário atual da crise energética chama atenção de especialistas da área e parlamentares para o que se diz urgente, em se tratando de fornecimento e demanda de energia. O deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO), afirmou que o único energético capaz de atender rapidamente a demanda, é o gás natural. Segundo ele, gerar energia limpa e barata irá melhorar a economia e infra-estrutura de Estados que estão aptos a receberem obras de médio e grande porte.
“Já vimos que o gás natural é o energético do futuro, é com ele que vamos receber em nossas casas e indústrias a energia que hoje é produzida com a queima de óleo diesel. Falta apenas que liberem nossos empreendimentos para que isso aconteça”.
Defensor do Gasoduto Urucu-Porto Velho, Mendes disse ainda que o governo precisa demonstrar vontade política, para que finalmente sejam liberadas as autorizações para o início das obras. “Todos os estudos ambientais e licenças foram feitos e aprovados. O que falta? Falta o governo autorizar e isso está um problema, está uma vergonha”.
GASODUTO – Há meses a construção do Gasoduto Urucu-Porto Velho, vem sendo cobrada por parlamentares, empresários e jovens do Estado de Rondônia. Uma das conquistas foi a criação de um comitê de apoio a obra, o “Gasoduto Já!”, organizado pelo movimento estudantil de Porto Velho e apoiado pela sociedade civil e parlamentares da Bancada Federal de Rondônia no Congresso Nacional.
Com o objetivo de colocar na pauta do Congresso e discutir as viabilidades do empreendimento, deputados e senadores aderiram ao movimento e desde o segundo semestre do ano passado vêm propondo reuniões e audiências públicas para debaterem o tema.
O líder do PMDB no Senado Federal, Valdir Raupp, acredita que o gasoduto é a única obra que atenderá a Região Norte nos próximos anos, para que a população na viva o racionamento novamente. “Estamos trabalhando para que a construção do duto inicie o mais rápido possível. Não acredito que vamos ter de passar por mais um “apagão” para o governo assumir que o problema realmente existe e algo precisa ser feito”.
PERÍODO DE CHUVA – Para o meteorologista do Instituto de Meteorologia (INMET), Fabrício Silva, apesar da situação ruim nas demais regiões, o Sul é a única região a ter previsão de nível de chuvas acima da média. “Mesmo com pouca chuva, o nível dos reservatórios do Sul está normalizado. Mas, se o nível dos reservatórios que abastece as usinas abaixarem nos próximos três meses, a atenção deverá ser redobrada”.
O Operador Nacional do Sistema (ONS) divulgou nesta segunda-feira (28), pelo site Brasil Energia que na Região Norte do País, o período de chuvas que está se iniciando deve gerar afluências correspondentes a 86% da média. Para o Operador, o mês de janeiro deve fechar com chuvas inferiores a média.
Fonte: ASCOM
Rondônia é líder em controle de desmatamento na Amazônia Legal, destaca Ministério do Meio Ambiente
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Governo Federal, publicou nesta semana levantamento que mostra os índices de desmatamento em to
Operação “Silentium et Pax” do Batalhão de Polícia Ambiental reprime poluição sonora em Porto Velho
Em uma ação estratégica para garantir o sossego e a qualidade de vida da população, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) deu andamento à Operação “
Cremero implanta práticas internas entre colaboradores para incentivar a sustentabilidade
Como órgão público, é dever garantir que as atividades e decisões impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente. Esta é uma das premissas que
Porto de Porto Velho faz reconhecimento de pontos críticos no Rio Madeira
Com o objetivo de fazer o reconhecimento visual de pontos críticos do Rio Madeira, a diretoria do da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Ro