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FARINHA DE MANDIOCA: Estudantes recebem capacitação da Embrapa


FARINHA DE MANDIOCA: Estudantes recebem capacitação da Embrapa  - Gente de Opinião 
Aprender na prática a importância de oferecer alimento com qualidade, tanto do ponto de vista agroindustrial como para o consumidor. Esta é a proposta dos 20 estudantes da Escola da Floresta, que participam do curso Aperfeiçoamento de técnicas laboratoriais em agroindústria, realizado pela Embrapa Acre (Rio Branco), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A iniciativa termina nesta segunda-feira (7), com uma palestra sobre a influência das boas práticas na qualidade da farinha-de-mandioca e castanha-do-brasil, ministrada pela pesquisadora Joana Maria Leite, no auditório da Unidade. 

A capacitação de 80 horas faz parte das exigências curriculares para conclusão do curso técnico em agroindústria e acontece em duas turmas. Os alunos se revezam nos laboratórios de tecnologia de alimentos, análise de farinha e bromatologia, em atividades orientadas por pesquisadores e técnicos da Unidade. “Esta estratégia simples permite a participação linear do grupo nas diversas práticas, facilita a aprendizagem e o acompanhamento do trabalho”, afirma o professor Luíz Eduardo Rodrigues, coordenador da atividade.

O objetivo do treinamento é preparar os alunos para atuar na agroindústria de alimentos, desenvolvendo competências necessárias ao controle de qualidade de produtos de natureza vegetal. Além de informação e conhecimentos específicos da área, eles também aprendem técnicas para preparo de meios de cultura, métodos de assepsia em laboratório e outros procedimentos comuns às rotinas laboratoriais. Na avaliação de Rodrigues, a vivência com o contexto físico da ciência ajuda no entendimento de conceitos e práticas e ajuda na formação profissional dos alunos.

Os conteúdos programáticos incluem análises das características físico-químicas, bromatológicas e microbiológicas em produtos vegetais, tendo como foco a identificação da presença de fungos e teor de umidade em massa de castanha-do-brasil, além de avaliação do pH e teores de acidez, cinzas, umidade, proteínas, lipídios, fibras e carboidratos em amostras de farinha de mandioca. Além destas atividades, também são incorporadas técnicas de extração de óleo essencial de pimenta-longa (safrol), com avaliação de rendimento e umidade do produto.

FARINHA DE MANDIOCA: Estudantes recebem capacitação da Embrapa  - Gente de Opinião
         Bolo de Mandioca/Montezuma Cruz


Novos mercados

A castanha-do-brasil e a farinha de mandioca fazem parte da dieta alimentar do acreano e de populações de diversas partes do Brasil e do mundo. De acordo com a pesquisadora Virgínia Álvares, a qualidade destes produtos depende necessariamente das práticas adotadas tanto durante o manejo na floresta como no seu processamento. No caso da castanha, a presença de água favorece o surgimento de fungos que dificultam a comercialização do produto e representam risco para a saúde humana.

“No Acre, o processo de agroindustrialização ainda é novidade. Podemos contribuir com o nosso conhecimento para oferecer um produto dentro dos padrões de qualidade e segurança alimentar desejáveis. O cumprimento destas exigências agrega valor à produção e pode significar a abertura de novos mercados”, afirma o estudante Adriano Melo.

Escola da Floresta

A Escola da Floresta faz parte do sistema rural de ensino do Acre, coordenado pelo Instituto Dom Moacir, e oferece ensino técnico profissionalizante a jovens oriundos de diversos municípios acreanos. Localizada na Estada Transacreana, a 90 quilômetros de Rio Branco, abriga cerca de 120 estudantes, em regime de residência, distribuídos em cursos de formação nas áreas de agroindústria, florestal e agroflorestal.

Juliana Moreira, coordenadora do curso de agroindústria, explica que a finalidade da instituição é capacitar os alunos para desenvolver em suas comunidades, atividades que possam utilizar, de forma sustentável, os recursos naturais oferecidos pela floresta. Segundo a professora, estes conhecimentos serão a base para o fortalecimento da agricultura local, geração de emprego e renda, permanência do agricultor na terra e melhoria da qualidade de vida no campo.

Fonte: Embrapa/Acre - Diva Gonçalves

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