Quarta-feira, 27 de agosto de 2008 - 11h39
O clima seco e a baixa umidade relativa do ar estão agravando os focos de queimadas em Rondônia nesta ultima semana de agosto.
Daniel Panobianco O clima extremamente seco e quente que vem afetando moradores de grande parte do Brasil, incluindo o sul da Amazônia, está auxiliando na propagação de inúmeros focos de queimadas em diversas localidades, principalmente em áreas de lei, como reservas ecológicas, parques estaduais e federais e reservas indígenas.
No Estado de Rondônia, os satélites do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), através de dados dos sensores MODIS e TERRA, detectam desde segunda-feira, 25, focos de queimadas em uma importante área de preservação ambiental; A Floresta Nacional do Bom Futuro, que fica dentro do município de Porto Velho, na divisa com Buritis.
Segundo dados da ultima varredura dos satélites, existem atualmente 4 focos de queimadas ao centro da reserva, o que pode explicar que o incêndio não foi acidental, pois a área é de mata fechada e sem povoação por perto. A comunidade mais próxima é a do Barreiro, às margens do rio Jaciparaná e mais adiante a de Porto Providência, também na margem do mesmo rio.
Na divisa com o município de Buritis houve a maior explosão de desmatamento dos últimos anos, o que também explica o grande inchaço da cidade, principalmente pela indústria madeireira local.
A quantidade de focos de queimadas observadas em Rondônia neste mês está abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Do dia 1 até ontem, foram detectados pelo satélite NOAA-15, 689 focos de queimadas, com maior concentração nos municípios de Porto Velho e Machadinho d' Oeste, contra 2100 focos totalizados nos 31 dias de agosto de 2007, onde houve a maior concentração de poluentes já registrada em Rondônia.
Dados: INPE CPTEC/INPE
Fonte: De olho no tempo
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