Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

FOGO AMEÇA BACIA


Os pesquisadores Arnaldo Carneiro Filho e Ralph Trancoso, respectivamente da Coordenação de Ecologia (Cpec) e do Laboratório de Geoprocessamento e Análise Espacial (Siglab) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), constataram que a bacia do Madeira é a “campeã de desmatamento” da Amazônia, com 119.035 Km2 de devastação já registrados e outros 1, 3 milhão de Km2 em constante ameaça.
Os estudos foram divulgados na revista Ciência Hoje, publicada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
De acordo com os cientistas, 8,79% da cobertura vegetal da bacia do Madeira já foram retirados.  “O processo de desflorestamento vem ocorrendo de forma mais intensificada desde a década de 70”, lembram os pesquisadores em artigo científico.
Trancoso e Carneiro Filho registram que “a geografia do desmatamento está atrelada à vasta hidrografia do Estado”, e sugerem ainda que a problemática do desmatamento na bacia do Madeira vem sendo alimentada pelas queimadas ocorridas em um território vizinho ao Amazonas.  “Além de exportar sua produção, o Mato Grosso exporta seu passivo ambiental para os Estados vizinhos”, afirmam eles.
Por outro lado, as bacias dos rios Purus e Juruá, situadas mais a oeste, em região mais interiorana do Amazonas, por enquanto estão mais protegidas da ameaça do avanço da fronteira agrícola.  “Elas apresentam baixas taxas de desmatamento, em comparação à do Madeira”, ressaltam Trancoso e Carneiro Filho.
Os cientistas do Inpa ainda afirmam que esses desmatamentos no Madeira afetam o ciclo hidrológico da maior baía fluvial do mundo, a Amazônica.  “A conversão da floresta em pastagem duplica a vazão dos pequenos cursos d’água locais e altera a forma de distribuição dessa vazão”, explicam os pesquisadores na Ciência Hoje.  “Os resultados dos estudos em pequena escala indicam que a remoção da floresta tende a aumentar a vazão dos rios”.
Entretanto, há um contraponto, segundo eles.  “Isso (a alteração dos cursos d’água) pode não ocorrer em bacias de grande escala, devido à influência de outros fatores”.
Fonte: Amazonas Em Tempo - Renan Albuquerque

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 26 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Sesc Rondônia recebe menção honrosa por Projeto Sustentável de Biodigestor

Sesc Rondônia recebe menção honrosa por Projeto Sustentável de Biodigestor

O Serviço Social do Comércio em Rondônia (Sesc) recebeu mais um importante reconhecimento pela inovação e compromisso com a sustentabilidade. A inst

Projeto apoiado pelo Grupo Rovema realiza soltura de quase 600 mil filhotes de quelônios no rio Guaporé em RO

Projeto apoiado pelo Grupo Rovema realiza soltura de quase 600 mil filhotes de quelônios no rio Guaporé em RO

No último domingo (15), quase 600 mil filhotes de quelônios foram soltos às margens do rio Guaporé, entre os municípios de São Francisco do Guaporé

Idesc promove conferência sobre meio ambiente urbano

Idesc promove conferência sobre meio ambiente urbano

Visando a enriquecer a V Conferência Nacional do Meio Ambiente com debates e propostas sobre as áreas urbanas e as alterações climáticas decorrentes

Ação realizada pelo governo de Rondônia promove soltura de mais de 177 mil filhotes de tartarugas, no Parque Estadual Corumbiara

Ação realizada pelo governo de Rondônia promove soltura de mais de 177 mil filhotes de tartarugas, no Parque Estadual Corumbiara

Com o intuito de promover a preservação da espécie Podocnemis expansa no projeto Quelônios da Amazônia, garantindo a manutenção dos estoques naturais

Gente de Opinião Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)