Terça-feira, 20 de agosto de 2024 - 08h00
Um relatório produzido pelo Centro Gestor e Operacional do
Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e apresentado à imprensa durante
coletiva realizada pelo governo do estado nesta segunda-feira (19), mostra que
a fumaça que tomou conta de Rondônia tem origem em três pontos distintos: o
primeiro foco vem do Sul do Amazonas, notadamente do município de Apuí, onde há
um grande foco de queimada que está mobilizando as autoridades amazonenses. O
segundo, no entanto, tem origem em Rondônia, na região pertencente a Vista
Alegre do Abunã, extremo Norte do estado.
Os focos de incêndio registrados na floresta Jacundá
(também extremo Norte de Rondônia) são responsáveis por parte da fumaceira que
tem incomodado o rondoniense. Em todos estes casos, os incêndios são
criminosos. A seca extrema piora a situação porque a condição da vegetação
colabora com a proliferação das chamas.
As ações do governo de Rondônia acontecem no sentido de
mitigar os efeitos causados pela fumaça. Em uma primeira linha de atuação, o
Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO) enviou 20 soldados ao Amazonas
para colaborar com o trabalho de contenção das chamas - e por consequência - a
redução da fumaça no estado.
Na mesma esteira, o estado tem mantido em curso a Operação
"Verde Rondônia", que tem como objetivo manter militares de
sobreaviso para realizarem operações de contenção de chamas, identificação de
autores deste tipo de crime e eventual punição.
O tenente-coronel Adenilson Silva Chagas, comandante do Batalhão
de Polícia Ambiental destacou que, as equipes do batalhão estão em campo
diuturnamente, e todo o trabalho desenvolvido pelo governo do estado resultou
na redução de quase 50% dos índices de desmatamento em todo o território de
Rondônia. As diversas áreas de litígio registradas no estado criaram uma
condição atípica neste ano e geraram uma maior incidência de casos relacionados
às queimadas, segundo o comandante.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou que suas
unidades registraram aumento de procura por atendimento em decorrência do tempo
e da fumaça, porém, os números de internações estão dentro da média esperada no
período. Ainda assim, os profissionais da saúde criaram grupos de trabalho que
estão atentos às condições climáticas e criaram estratégias de ação em caso de
aumento do número de internações.
Um dos maiores focos de esforço do governo é a mobilização
por meio da conscientização. Isso porque o volume de casos de incêndio
dificulta o trabalho dos agentes. “É importante entender que o fogo gera
monóxido de carbono, que é altamente prejudicial à saúde humana e pode levar à
morte. Todo mundo sofre com isso, quem coloca o foco e quem é prejudicado por
ele”, pontuou o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Nivaldo de Azevedo.
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