Terça-feira, 5 de junho de 2007 - 07h06
Sabrina Craide
Agência Brasil
Brasília - O movimento favorável à construção das usinas hidrelétricas em Rondônia tem recolhido assinaturas em todo o estado para levar a Brasília. Nas escolas estaduais, os abaixo-assinados também estão sendo circulados entre alunos, funcionários e professores. Integrantes da direção de duas escolas ouvidas pela Agência Brasil dizem que os documentos foram repassados pela Representação de Ensino, do governo estadual.
A professora Iracema Sena dos Santos, vice-diretora da Escola Estadual Risoleta Neves, confirmou que o abaixo-assinado foi passado na escola, mas disse que só assinava o documento quem queria. "A gente mostrou a importância das usinas para o país, principalmente para o estado, em relação ao emprego", explicou.
No entanto, ela disse que o abaixo-assinado foi repassado à escola pela Representação de Ensino, ligada à Secretaria Estadual de Educação. Após recolher as assinaturas, o documento foi entregue novamente à representação, segundo a vice-diretora.
A informação não foi confirmada pela representante de Ensino de Porto Velho, Irany de Oliveira Moraes. Procurada pela Agência Brasil, Moraes disse que a representação não repassou os abaixo-assinados, mas que recebeu algumas assinaturas que foram enviadas pelas escolas. Segundo ela, os documentos foram repassados à Secretaria de Educação. A assessoria de Imprensa da Secretaria de Educação negou ter encaminhado abaixo-assinados às escolas.
A diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Orlando Freire, Olinda Lima Monteiro Lacerda, disse que o governo do estado realizou uma reunião com os diretores de escolas para encaminhar o abaixo-assinado. "Nós tivemos uma reunião com os secretários de educação, com as pessoas envolvidas no projeto e a representante de ensino, juntamente com todos os diretores de estado, e foi encaminhado esse documento para que a gente pudesse estar incentivando todos os alunos", explicou. Lacerda também afirmou que, após colher as assinaturas, o documento foi devolvido à Representação de Ensino.
Ela disse também que a escola orientou os líderes de turma para colher assinaturas, mas que a adesão foi voluntária. "Como a gente sabe que é um projeto muito bom, que vai trazer melhorias para o estado, fizemos uma reunião com os líderes da escola e explicamos os beneficios que pode trazer", disse a diretora.
O governador de Rondônia, Ivo Cassol, disse que o abaixo-assinado está disponível para ser assinado nos órgãos governamentais, inclusive nas escolas, mas garantiu que não há coerção: "Em cada local está lá o abaixo-assinado que as pessoas podem assinar. Mas ninguém é obrigado a assinar. Quem está participando são pessoas que querem o desenvolvimento do estado". Ele disse que a opinião dos alunos é importante para o debate.
Questionado se haveria algum tipo de barganha para convencer as pessoas a assinar o documento, o governador fez uma brincadeira. "Essa barganha que estão falando é como história de papai Noel, é apenas uma fantasia que estão tentando criar em cima da administração", disse.
O abaixo-assinado também passou na Escola Estadual Barão do Solimões, no centro da capital de Rondônia. A professora Maria Manaide Azevedo disse que não assinou o documento e procurou "abrir os olhos" dos alunos para a importância de cada assinatura. "Não é só assinar, você tem que ver que essa assinatura pode ser poderosa lá na frente, e também tem que ver o que vai acontecer com a nossa cidade. Então, tem que pensar bem antes de assinar", afirmou.
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