Terça-feira, 11 de junho de 2024 - 10h49
A mudança no regime hídrico durante a
Safra 23/24, influenciada pelas mudanças climáticas do último ano, teve impactos significativos na produção agrícola em todo o
mundo. As consequências dos impactos variam conforme a região, o tipo de
cultura, e as práticas de manejo adotadas. Porém, para a Rovema Agronegócios
não foi diferente. De um lado, a ausência de uniformidade de chuvas para o plantio.
E de outro, chuvas sequenciais durante o período de colheita.
As chuvas que estavam previstas para iniciar após a
segunda quinzena de setembro, atrasaram substancialmente. Logo, o plantio da
soja nas fazendas do grupo aconteceu mais tarde e de modo gradual. Se não há
umidade no solo para deposição da semente, não se deve realizar o plantio. A
falta de água para essa fase compromete os processos vitais que são necessários
para a germinação das sementes, resultando em menor densidade de plantas por
hectare. Com sorte, as plantas que germinaram, são extremamente sensíveis ao estresse
hídrico, e a emergência em relação ao solo pode ser comprometida, resultando em
plantas menores e menos vigorosas. Nas fazendas do grupo, foi necessário
replantar cerca de 70 hectares, tendo em vista essas dificuldades.
Por outro lado, o excesso de chuvas durante a colheita
gerou atraso. O solo enxarcado se torna lamacento, dificultando a
movimentação dos equipamentos e aumentando o risco de atolamento das colheitadeiras.
Além disso, as chuvas sequenciais fazem com que os grãos fiquem mais tempo no
campo, aumentando a exposição a fatores adversos, principalmente a doenças
causadas por fungos, uma vez que o ambiente se torna extremamente favorável a
esses microrganismos. Em relação ao volume total colhido, cerca de 8.200 sacas
foram perdidas por descontos de classificação quanto aos grãos avariados, que
compreende a soma de grãos danificados por excesso de chuvas na lavoura.
Contudo, mesmo com todas as adversidades, a Safra
23/24 da Rovema Agronegócios foi um sucesso. Foram atingidos recordes de produtividade
e de quantidade de área plantada em relação a Safra 18/19, onde tudo começou. É
notório que as alterações no regime hídrico atrapalham e muito desde o plantio
até a colheita da soja. Mas, graças a uma combinação de estratégias e
resiliência, foi possível superar os alguns dos desafios impostos pelo clima.
Dessa forma, a experiência da Safra 23/24 proporcionou valiosas lições. A
necessidade de estar preparado para eventos climáticos, especialmente na
Amazônia, tornou-se evidente. As estratégias adotadas no último ano servirão de
base para melhorar ainda mais as operações agrícolas em safras futuras.
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