Terça-feira, 16 de outubro de 2007 - 23h40
Charles Nisz - Amazonia.org.br
Informações do governo federal indicam crescimento de 107% no desmatamento em Mato Grosso, entre junho e setembro deste ano, comparado ao mesmo período do ano anterior. Em Rondônia, o índice é de 53% e, no Acre, de 3%.
Já o Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), elaborado regularmente pelas organizações não-governamentais Imazon e Instituto Centro de Vida (ICV), mostra que o corte em Mato Grosso subiu pelo quarto mês consecutivo: 262 quilômetros quadrados, 147% a mais do que agosto de 2006.
Frente aos números, o Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia, que passa atualmente por revisão para divulgação em 2008, foi desmembrado em três momentos. O primeiro, de curtíssimo prazo, prevê ações de comando e controle ainda neste ano, especialmente no Pará, em Mato Grosso e Rondônia.
Procurado pela reportagem, o Ministério do Meio Ambiente não se pronunciou para detalhar quais seriam as ações e estratégias a serem adotadas.
Duas frentes principais do Plano de Combate ao Desmatamento, lançado há três anos, tiveram resultados positivos. A primeira foram as ações de comando e controle, que desarticularam quadrilhas especializadas em grilagem e exploração ilegal da madeira. Outra foi a criação de unidades de conservação em áreas que sofrem grande pressão de grileiros e madeireiros, como a Terra do Meio, no Pará.
Fatores
Especialistas e ambientalistas dizem ser relativo o sucesso dessas medidas. O lançamento do plano coincidiu com uma queda no preço das commodities, especialmente a soja, e com uma rejeição estrangeira ao gado brasileiro por causa da febre aftosa.
Para Paulo Barreto, do Imazon, uma das estratégias para resolver o problema seria uma responsabilzação efetiva do desmatamento. "Não adianta ter muitas multas não arrecadadas. Faz mais sentido focar no recebimento das multas mais altas e inibir práticas predatórias" explicou.
Barreto endossa a relação entre o aumento do desmatamento e a subida dos preços da soja e do gado. "Entre 2004 e 2006, a soja caiu 46% e o preço do gado se desvalorizou em 18%". Segundo o pesquisador, há estudos comprovando a ligação do aumento da pecuária na Amazônia com o desmatamento: 80% da área desmatada acaba servindo para pasto, finalizou.
O governo, que negava a influência econômica, agora assume seu papel na dinâmica da retomada do desmatamento em 2007. Para o Ministério do Meio Ambiente, o aumento dos preços das commodities é um dos motivos que transformaram este em um ano complicado - além da seca prolongada observada na região Norte, que estende o período propício para o corte e a queimada das árvores.
Rondônia é líder em controle de desmatamento na Amazônia Legal, destaca Ministério do Meio Ambiente
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Governo Federal, publicou nesta semana levantamento que mostra os índices de desmatamento em to
Operação “Silentium et Pax” do Batalhão de Polícia Ambiental reprime poluição sonora em Porto Velho
Em uma ação estratégica para garantir o sossego e a qualidade de vida da população, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) deu andamento à Operação “
Cremero implanta práticas internas entre colaboradores para incentivar a sustentabilidade
Como órgão público, é dever garantir que as atividades e decisões impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente. Esta é uma das premissas que
Porto de Porto Velho faz reconhecimento de pontos críticos no Rio Madeira
Com o objetivo de fazer o reconhecimento visual de pontos críticos do Rio Madeira, a diretoria do da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Ro