Quinta-feira, 9 de outubro de 2008 - 19h06
Luana Lourenço
Agência Brasil
Brasília - Quase dois meses depois do primeiro leilão do boi pirata, rebanho apreendido em junho na Estação Ecológica da Terra do Meio, no Pará, o Ministério Público Federal (MPF) no estado pediu à Justiça um levantamento de quantas cabeças de gado ainda estão na unidade de conservação.
O prazo determinado pela Justiça para que todos os proprietários retirassem os rebanhos da área de preservação venceu em setembro. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), antes da Operação Boi Pirata, cerca de de 40 mil cabeças de gado ilegais eram criadas em 14 propriedades na Terra do Meio.
O MPF pede que, caso a ordem judicial não tenha sido cumprida, a Justiça determine a apreensão imediata e um novo leilão para venda do rebanho irregular.
De acordo com o procurador da República em Altamira (PA), Alan Rogério Mansur Silva, pelo menos 10 mil cabeças ainda podem estar na unidade de conservação. Na recomendação, o MPF indica que o levantamento deverá ser feito pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, responsável pela gestão da estação ecológica.
O procurador ainda sugere ação conjunta entre os órgãos ambientais e a Polícia Federal na região, em caso de necessidade de mandado judicial para desocupar a área.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, determinou o fortalecimento das ações de fiscalização ambiental no estado, intensificando a Operação Hileia.
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