Quinta-feira, 30 de junho de 2016 - 00h06
O cultivo do Mogno Asiático é embrionário no Brasil, mas é uma alternativa rentável em longo prazo ao pequeno produtor. A afirmação é do diretor administrativo Endrigo Rocha, da empresa Florest Investimentos, ao apresentar ontem, quarta-feira (29) a espécie florestal exótica a agricultores familiares e técnicos florestais em Ji-Paraná, região que deverá servir na aplicação do projeto piloto do cultivo em Rondônia.
A proposta dos investidores é comercializar as mudas em Rondônia e prestar o assessoramento técnico até o final dos quatro primeiros anos, ocasião em que já deve ser feito o primeiro desmate favorecendo o fortalecimento das demais árvores. No sétimo e no décimo ano já pode ser feita a extração da madeira, período bem mais curto quando se compara aos 12 anos exigidos pela Teca, outra espécie exótica cultivada e exportada com sucesso em Rondônia.
Pelo manejo, um hectare abriga uma floresta com 1.111 árvores utilizando o espaçamento 2,50×3,60 metros ao custo de R$ 50 mil. “Esse investimento vai trazer um retorno de um milhão e duzentos mil reais ao agricultor familiar em dez anos”, explica André Gusmão, o gerente comercial da empresa em Rondônia. A escolha do estado para implantar o projeto decorre de solo fértil.
A madeira é nobre. Ela é mais utilizada na fabricação de móveis finos, portas e janelas. De acordo com Gusmão, outro objetivo da Florest é implantar indústria moveleira na região para agregar valor ao produto e absorver a produção rondoniense. “Devemos vender a madeira beneficiada e não ela bruta como se faz hoje”, avisa o investidor, explicando que há 12 anos a empresa atua com pesquisas e melhoramento genético da espécie nos estados de Minas Gerais e da Bahia, onde a produção começa render bons frutos.
Para o coordenador do Programa de Floresta Plantada do Governo de Rondônia, o engenheiro Florestal Edgar Menezes, tudo nessa espécie é muito novo, mas parece ser promissor. “Rondônia é o pioneiro no plantio de floresta no Norte brasileiro e o governo estadual incentiva esse tipo de cultivo em longo prazo”, disse Menezes, informando que, só da espécie Teca, Rondônia exportou no segundo semestre de 2015 para a Ásia 62,4 milhões de dólares.
“Dentro de 20 anos não se cortará nenhum galho de árvore de floresta nativa”, declarou Adilson Pepino, técnico florestal e que lida com manejo de florestas plantadas há 30 anos. Ele defende o plantio de florestas atribuindo à escassez de água no planeta.
Márcio de Lima Porto vive numa propriedade da agricultura familiar de 6 alqueires na Gleba G, zona rural de Ji-Paraná, e manifestou o desejo de conhecer mais de perto a proposta de plantar floresta. “Preciso estudar melhor isso, aprofundar mais sobre esse assunto”, disse Porto, animado em poder conhecer nova fonte de renda, ainda que em longo prazo. “Hoje vivemos de hortaliças e de gado leiteiro. Expandir o negócio me parece uma boa alternativa”, disse.
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Fonte
Texto: Paulo Sérgio
Fotos: Paulo Sérgio
Secom - Governo de Rondônia
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