Segunda-feira, 10 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

Mosca-das-frutas - praga que ataca a cafeicultura


A cafeicultura  é uma importante fonte de renda para a economia brasileira, participando na receita cambial, na transferência de renda aos outros setores da economia e gerando a formação de capital no setor agrícola do País. Durante todo o processo de produção, desde o plantio até a colheita, problemas fitossanitários ocorrem nos cultivos de café, entre os quais a praga mosca-das-frutas. O Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, uma unidade da Embrapa, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), desenvolve pesquisas que contribuem para o controle de uma das pragas que atacam as lavouras cafeeiras. A mosca-das-frutas também ataca outras culturas como: manga, mamão, pitanga, goiaba, acerola, entre outros.

De acordo com o gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, a mosca-das-frutas apresenta um ciclo de vida em que seu período larval se desenvolve especialmente no interior dos frutos, alimentando-se, em geral, de sua polpa. Esse inseto faz parte de um grupo de pragas da fruticultura mundial e ataca de forma secundária a cafeicultura. “O seu ataque provoca fermentação indesejável no fruto e como conseqüência traz prejuízos à qualidade do café”, explica.

As três principais espécies da mosca-das-frutas que atacam o café são Anastrepha fraterculus; Anastrepha amita e Ceratitis capitata, que predomina na cafeicultura. A espécie C. capitata é a menor entre a mosca-das-frutas que ocorre na agricultura brasileira. É uma praga de clima tropical e subtropical. “Algumas espécies são mais invasoras e altamente colonizadoras, como a Ceratitis capitata, e outras têm distribuição restrita e baixa capacidade de se adaptar a novos ambientes, como a maioria das espécies das regiões temperadas, do gênero Ragholetis. As larvas do inseto são a porta de entrada para outros microorganismos e patógenos que provocam doenças no cafeeiro”, ressalta Bartholo.

Danos – Em regiões de clima quente como o Oeste da Bahia, o Sul e Cerrado de Minas Gerais, e principalmente em lavouras irrigadas, a presença das larvas consumindo a polpa do café aceleram a fase de grão cereja do fruto, passando este rapidamente para a fase de passa e seco. O ataque da mosca-das-frutas na polpa, além de prejudicar a qualidade da bebida, constitui foco de infecção. Pode, também, causar apodrecimento e queda dos frutos. Os períodos dos ataques coincidem com o período de maturação do café cereja.

Controle da mosca-das-frutas – Não é recomendável o uso de controle químico da mosca-das-frutas na cafeicultura. O método mais eficaz consiste no controle biológico, fazendo a avaliação das espécies de mosca-das-frutas e suas classificações, em cada região. A principal finalidade desse sistema de monitoramento é capturar as fêmeas que, no período que antecede o início da oviposição, precisam de grandes substâncias protéicas e carboidratos. Os machos também são coletados nas armadilhas. Com esse método, insetos são capturados através do uso de armadilhas e também são coletados frutos contendo ovos e larvas que, posteriormente, seguem para análise.

As principais armadilhas usadas no Brasil são as seguintes: MacPhail – confeccionada em plástico ou vidro; biológica - confeccionada em plástico ou vidro e Pet – confeccionada a partir de recipientes de refrigerante de 2 litros. Todos os exemplos citados utilizam como atraente alimentar o melaço de cana-de-açúcar a 5-7% ou proteína hidrolisada de milho a 5%. O tempo de troca das armadilhas é de 7 a 10 dias, dependendo da época do ano. Deve-se evitar inseticida na calda colocada nas armadilhas.

Os modelos mencionados capturam tanto Ceratitis capitata como as espécies de Anastrepha. Com um manejo adequado da lavoura e o monitoramento das principais pragas, também conhecidas como pragas-chave, de cada região cafeeira, certamente a sustentabilidade da produção e do meio ambiente estão garantidos.

O Consórcio Pesquisa Café atua por meio de pesquisas desenvolvidas pelas entidades consorciadas que, no caso específico são: a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Embrapa Café.

Mais resultados das pesquisas sobre o controle da mosca-das-frutas no site da Epamig, ou acesse diretamente o link da circular técnica “Como controlar a mosca-das-frutas que ataca café cereja nas lavouras de Minas Gerais”.

Fonte: Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 10 de março de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Governador Coronel Marcos Rocha convoca comitê e discutiu ações contra os impactos das mudanças climáticas em Rondônia

Governador Coronel Marcos Rocha convoca comitê e discutiu ações contra os impactos das mudanças climáticas em Rondônia

O governador de Rondônia coronel Marcos Rocha conduziu, nesta segunda-feira (19), uma reunião com representantes do Comitê Gestor de Enfrentamento à

Governo de RO realiza plano de manejo de controle do Pirarucu na Resex de Pedras Negras, em São Francisco do Guaporé

Governo de RO realiza plano de manejo de controle do Pirarucu na Resex de Pedras Negras, em São Francisco do Guaporé

Com o intuito de apresentar soluções para um problema ambiental e possibilitar a geração de renda extra às comunidades e extrativistas, o governo de

Operação Dominância combate garimpo ilegal na Floresta Nacional do Bom Futuro e Parque nacional Mapinguari

Operação Dominância combate garimpo ilegal na Floresta Nacional do Bom Futuro e Parque nacional Mapinguari

No dia 17 de fevereiro de 2025, uma equipe da Polícia Militar Ambiental, composta pelas unidades de Vilhena e Guajará-Mirim, participou de uma missã

Gente de Opinião Segunda-feira, 10 de março de 2025 | Porto Velho (RO)