Quarta-feira, 23 de maio de 2012 - 15h50
A cafeicultura é uma importante fonte de renda para a economia brasileira, participando na receita cambial, na transferência de renda aos outros setores da economia e gerando a formação de capital no setor agrícola do País. Durante todo o processo de produção, desde o plantio até a colheita, problemas fitossanitários ocorrem nos cultivos de café, entre os quais a praga mosca-das-frutas. O Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, uma unidade da Embrapa, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), desenvolve pesquisas que contribuem para o controle de uma das pragas que atacam as lavouras cafeeiras. A mosca-das-frutas também ataca outras culturas como: manga, mamão, pitanga, goiaba, acerola, entre outros.
De acordo com o gerente-geral da Embrapa Café, Gabriel Bartholo, a mosca-das-frutas apresenta um ciclo de vida em que seu período larval se desenvolve especialmente no interior dos frutos, alimentando-se, em geral, de sua polpa. Esse inseto faz parte de um grupo de pragas da fruticultura mundial e ataca de forma secundária a cafeicultura. “O seu ataque provoca fermentação indesejável no fruto e como conseqüência traz prejuízos à qualidade do café”, explica.
As três principais espécies da mosca-das-frutas que atacam o café são Anastrepha fraterculus; Anastrepha amita e Ceratitis capitata, que predomina na cafeicultura. A espécie C. capitata é a menor entre a mosca-das-frutas que ocorre na agricultura brasileira. É uma praga de clima tropical e subtropical. “Algumas espécies são mais invasoras e altamente colonizadoras, como a Ceratitis capitata, e outras têm distribuição restrita e baixa capacidade de se adaptar a novos ambientes, como a maioria das espécies das regiões temperadas, do gênero Ragholetis. As larvas do inseto são a porta de entrada para outros microorganismos e patógenos que provocam doenças no cafeeiro”, ressalta Bartholo.
Danos – Em regiões de clima quente como o Oeste da Bahia, o Sul e Cerrado de Minas Gerais, e principalmente em lavouras irrigadas, a presença das larvas consumindo a polpa do café aceleram a fase de grão cereja do fruto, passando este rapidamente para a fase de passa e seco. O ataque da mosca-das-frutas na polpa, além de prejudicar a qualidade da bebida, constitui foco de infecção. Pode, também, causar apodrecimento e queda dos frutos. Os períodos dos ataques coincidem com o período de maturação do café cereja.
Controle da mosca-das-frutas – Não é recomendável o uso de controle químico da mosca-das-frutas na cafeicultura. O método mais eficaz consiste no controle biológico, fazendo a avaliação das espécies de mosca-das-frutas e suas classificações, em cada região. A principal finalidade desse sistema de monitoramento é capturar as fêmeas que, no período que antecede o início da oviposição, precisam de grandes substâncias protéicas e carboidratos. Os machos também são coletados nas armadilhas. Com esse método, insetos são capturados através do uso de armadilhas e também são coletados frutos contendo ovos e larvas que, posteriormente, seguem para análise.
As principais armadilhas usadas no Brasil são as seguintes: MacPhail – confeccionada em plástico ou vidro; biológica - confeccionada em plástico ou vidro e Pet – confeccionada a partir de recipientes de refrigerante de 2 litros. Todos os exemplos citados utilizam como atraente alimentar o melaço de cana-de-açúcar a 5-7% ou proteína hidrolisada de milho a 5%. O tempo de troca das armadilhas é de 7 a 10 dias, dependendo da época do ano. Deve-se evitar inseticida na calda colocada nas armadilhas.
Os modelos mencionados capturam tanto Ceratitis capitata como as espécies de Anastrepha. Com um manejo adequado da lavoura e o monitoramento das principais pragas, também conhecidas como pragas-chave, de cada região cafeeira, certamente a sustentabilidade da produção e do meio ambiente estão garantidos.
O Consórcio Pesquisa Café atua por meio de pesquisas desenvolvidas pelas entidades consorciadas que, no caso específico são: a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Embrapa Café.
Mais resultados das pesquisas sobre o controle da mosca-das-frutas no site da Epamig, ou acesse diretamente o link da circular técnica “Como controlar a mosca-das-frutas que ataca café cereja nas lavouras de Minas Gerais”.
Fonte: Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
Presidente da FIERO participa da estreia do programa “Fala Indústria” promovido pela CNI
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, participou nesta terça-feira, 15, da estreia do programa Fala
Rio Madeira está a mais de 1,5 metro da sua normalidade para o ano
Neste sábado (12), o rio Madeira registrou a cota de 16,76 metros, se mantendo estável nas últimas 24 horas. De acordo com o Boletim de Monitorament
O Ministério Público do Trabalho em Rondônia e Acre (MPT-RO/AC) abrirá oficialmente a campanha “Abril Verde 2025” com a inauguração da mostra visual
Com 16,71 metros, rio Madeira se mantém estável, mas perto da cota de inundação
O rio Madeira registrou, na manhã desta segunda-feira (7), o nível de 16,71 metros, indicando estabilidade em seu volume de água durante o final de se