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Onda de tempo severo deve anteceder forte ar polar



Tiago Novo - A semana deve começar com tempo mais firme e terminar turbulenta em boa parte do centro-sul do Brasil. Nesta segunda-feira, uma frente estacionária localizada entre o oceano atlântico e o sul do Estado do Rio Grande do Sul continua favorecendo a ocorrência de pancadas de chuva, que podem vir acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento em boa parte do interior. Os termômetros seguem estáveis, com mínimas amenas pela madrugada e um pouco de calor pela tarde. Amanhã, o sistema recua para o Uruguai e o sol volta a brilhar com mais força, mas mesmo assim ainda pode chover nas regiões de Uruguaiana, Quaraí, Bagé e Santana do Livramento.

A partir de quarta-feira haverá o ingresso de um vento muito quente do quadrante norte, o chamado jato de baixos níveis, onde rajadas fortes e mais secas poderão ser verificadas, além do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, de acordo com simulações computadorizadas.

Esse ingresso de ar quente vindo de norte será o gatilho para a formação de uma nova e potente onda frontal entre quinta e sexta-feira, cujos modelos de previsão numérica indicam a possibilidade de formação de um intenso ciclone extratropical junto à costa do Estado gaúcho.

Isso implicaria em chuvas muito fortes, com rajadas de vento no litoral, enquanto no interior, o forte gradiente de temperatura, isto é, a diferença na dianteira e retaguarda do sistema frontal seria absurda, com marcas de até 30°C, o que levaria municípios do oeste, noroeste, centro, norte leste e Aparados a enfrentaram uma nova onda de tempo severo.

Tempestades intensas, com raios, granizo, ventania e chuva volumosa em um curto espaço de tempo também podem ocorrer, segundo a maioria dos modelos numéricos, em Santa Catarina, Paraná, sul de Mato Grosso do Sul e no sul e oeste de São Paulo, o que aumenta o risco de alagamentos e deslizamentos de terra, especialmente nos três Estados sulinos, no período entre quinta e sexta-feira e no mais tardar na primeira metade do sábado. Por enquanto, os modelos de previsão numérica, tanto os nacionais quanto os internacionais mantém de forma coerente este prognóstico para os próximos dias.

De acordo com Daniel Panobianco do De olho no tempo - Meteorologia, as autoridades devem tomar medidas para evitar tragédias, uma vez que o risco de enchente no Sul é elevado novamente:

"A população de cidades cujos rios já dispõem de um histórico de enchentes devem acompanhar os boletins de monitoramento e seguir as regras da Defesa Civil em caso de uma elevação súbita no nível dos mesmos", complementa.

O outro grande destaque, após essa onda de tempo severo fica para o frio, e, aliás, que frio. A projeção, ainda que inicial e muito divergente, enfoca na possibilidade de uma brutal queda de temperatura já na sexta-feira, dia 19, a começar pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e oeste de Mato Grosso. E logo em seguida, em São Paulo, Goiás, demais áreas de Mato Grosso, Acre, Rondônia, sul do Amazonas e do Pará, onde se estabeleceria a oitava friagem de 2011, desta vez com ampla intensidade entre Mato Grosso e Rondônia, com mínimas projetadas por alguns modelos numéricos entre 6°C e 9°C.

Algumas simulações computadorizadas indicam que a última semana de agosto pode ser de frio intenso em todo o centro-sul do Brasil, onde o risco de geada está de volta nos três Estados do Sul, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, sul de Goiás e de Mato Grosso, Triângulo Mineiro e sul de Minas Gerais e região serrana do Rio de Janeiro.

Nas áreas mais elevadas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, além da região de Guarapuava e Palmas, no Paraná, os modelos chegaram a projetar muito frio, com mínimas entre -1°C e -5°C, além da chance de neve nos Aparados e em alguns pontos do norte do Estado do Rio Grande do Sul, região serrana e meio-oeste de Santa Catarina e região de Palmas, no Paraná.

Este boletim será modificado ao longo da semana conforme atualização dos modelos numéricos e avisos e alertas meteorológicos dos órgãos oficiais de meteorologia no Brasil, que são INMET e CPTEC/INPE, apenas.

(Fonte: De olho no tempo - Meteorologia)
 

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