Quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Meio Ambiente

ONG: Fim de crédito público para quem desmata Amazônia


Hugo Costa
Agência Brasil


Brasília - O principal mecanismo para frear a degradação da Amazônia é minimizar o crédito para atividades que praticam desmatamento nos estados da região. Quem afirma é o Instituto do Homem e do Meio Ambiente na Amazônia (Imazon).

Para o pesquisador Adalberto Veríssimo, da organização não-governamental (ONG), as ações emergenciais do governo são importantes, mas é necessário estabelecer um pacto nacional para sanar o problema. "O instrumento mais importante para diminuir o desmatamento é realmente fechar a torneira do crédito dos bancos públicos para o setor que desmata na Amazônia", afirma, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ele, ao contrário do que dizem os pecuaristas, as atividades ligadas à criação de gado são as principais responsáveis pelo aumento da área desmatada: "A pecuária é a grande atividade da Amazônia. Tanto em área, quanto economicamente. No caso de estados como o Mato Grosso, a maior parte do desmatamento está em municípios tipicamente pecuaristas".

Outros aspectos apontados por Veríssimo são o aumento da produção de soja devido à crescente demanda internacional, a estiagem e a proximidade das eleições, período em que ele diz haver crescimento no número de assentamentos e menor rigor na fiscalização.

Sobre as medidas anunciadas ontem (16) pelo ministério do Meio Ambiente, apesar de considerar que a conjuntura atual dificulta as ações, o pesquisador elogia a postura do governo. "É importante reconhecer que o Ministério do Meio Ambiente tem feito um esforço louvável. Vamos ver os efeito que as ações emergenciais vão ter no curto prazo", comenta.

O Imazon, associado a outras oito ONGs, propôs no início do mês, na Câmara dos Deputados, o estabelecimento de um pacto para zerar os níveis de desmatamento até 2015. O Ministério do Meio Ambiente e os governadores de Mato Grosso e do Amapá manifestaram apoio à iniciativa. Adalberto Veríssimo diz que espera o apoio de outros estados para debater conjunto de medidas. "Precisamos da adesão dos governadores para discutir melhor as propostas do pacto."

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 5 de fevereiro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Startup apoiada pelo Sebrae é referência em bioeconomia e inovação

Startup apoiada pelo Sebrae é referência em bioeconomia e inovação

A Coil se destaca como uma startup referência em soluções para bioeconomia, impulsionando o desenvolvimento sustentável e inovador no Brasil. Com te

Nível do Rio Machado atinge estado crítico

Nível do Rio Machado atinge estado crítico

Nesta terça-feira, 21 de janeiro, o nível do Rio Machado chegou à marca crítica de 10,53 metros, causando enchentes em diversos pontos da cidade. Um

Juiz de Ji-Paraná reforça compromisso ambiental com o CIMCERO

Juiz de Ji-Paraná reforça compromisso ambiental com o CIMCERO

Para ampliar o monitoramento das arboviroses, orientando a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e ao

Sesc Rondônia recebe menção honrosa por Projeto Sustentável de Biodigestor

Sesc Rondônia recebe menção honrosa por Projeto Sustentável de Biodigestor

O Serviço Social do Comércio em Rondônia (Sesc) recebeu mais um importante reconhecimento pela inovação e compromisso com a sustentabilidade. A inst

Gente de Opinião Quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025 | Porto Velho (RO)