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Meio Ambiente

PANOBIANCO: Fumaça volta a castigar Rondônia


Além dos focos de queimadas registrados por todo o Estado, agora, a intensa propagação de fogo na Bolívia ajuda na piora da qualidade do ar, com a intensificação da camada de fumaça e poluentes.

Daniel Panobianco – Grande parte da Bolívia enfrenta um de seus piores períodos de incêndios florestais dos últimos tempos. O fogo não só avança com força total, como também atinge uma área em extensão territorial jamais vista antes. Várias localidades próximas a Santa Cruz de La Sierra, Viru-Viru e Trinidad já estão com focos de queimadas muito próximos à zona urbana, colocando em risco boa parte da população.

O vento que sopra em médios níveis da atmosfera vai de norte para noroeste levando boa parcela da fumaça para Estados como Acre e Rondônia, que também registram muitos focos de queimadas, apesar de estarem proibidas por decreto judicial.

A visibilidade em Rondônia voltou a piorar muito nos últimos dias. Em Vilhena, os finais de tarde têm tido visibilidade horizontal de apenas 1000 metros, o que já é considerado como Estado de Emergência. Em Guajará-Mirim, na fronteira com o País vizinho, o dia está amanhecendo com valores de até 200 metros de visão natural, que, além da poluição registra uma ilha de calor com máximas que beiram os 40°C todas as tardes.

Mesmo com a chuva caindo em várias cidades nos últimos dias, a poluição não dá trégua na parte sul da Amazônia. Desde julho, o céu não fica azul por completo na região e agora na reta final, todo cuidado é pouco com relação à fumaça e as queimadas. Como há uma quantidade absurda de fogo no País vizinho, Rondônia, principalmente a região de Costa Marques, que registra a maior quantidade de queimadas no momento, pode sofrer e muito, caso a atmosfera não mude tão logo.

A estiagem ainda não acabou em Rondônia, o que contraria os prognósticos do centro de pesquisas SIPAM, que em julho assegurou a população local não temer com seca esse ano na região, pois tudo seria normal. A resposta vem agora com as imagens e fatos reais, cujos pesquisadores somem do mapa ao comentar. Dados: NOAA/NASA 
Fonte: De olho no tempo – Rondônia – www.deolhonotempo.com.br


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