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Meio Ambiente

Pesquisadores prevêem cheia para o Amazonas este ano


Dados do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em parceria com o Instituto Max Planck da Alemanha, indicam que 2008 será de chuvas fortes para os moradores do Amazonas, o que poderá causar prejuízos diretos à agricultura e à pecuária do Estado. Segundo o pesquisador do Instituto Max Planck de Química, Jochen Schöngart, a previsão é de que as águas dos rios atinjam cerca de 29,18 metros acima do nível médio do mar (a.n.m.) com uma margem de erro de 28,78 a 29,58 m a.n.m. Schöngart, que também é professor do curso de pós-graduação em Clima e Ambiente (INPA/UEA), diz que é uma cheia pronunciada devido a grande quantidade de chuva que cai na cabeceira da Amazônia Ocidental causada por um La Niña, que está persistente no Pacífico Equatorial.- A cheia pronunciada poderá ocasionar prejuízos para lavouras de mandioca, bananas, fibras e também para pecuária. Provavelmente, será necessário levar o gado para áreas mais elevadas ou para marombas, construção de madeira, onde fica o gado durante a cheia - avisa o pesquisador.

Segundo ele, a extração de madeira que ocorre na Amazônia Ocidental, principalmente em áreas alagáveis, poderá ser beneficiada. Isso porque as toras de árvores derrubadas dentro de planos de manejo, como na Reserva Mamirauá, só podem ser arrastadas quando as florestas estão bastante alagadas.

Os acompanhamentos já são feitos há três anos, semestralmente, e utiliza como base os dados oceanográficos do Pacífico, por exemplo, as temperaturas superficiais ou o Índice da Oscilação Sul (SOI). Além disso, também são utilizados os níveis do rio do mês de fevereiro. A porcentagem de erro do modelo é baixíssima, comemora Schöngart. Ele diz que no ano passado a cheia prevista foi de 28,18, enquanto a observada foi um centímetro a menos e, em 2006, a diferença foi de 3 centímetros. O cientista alerta que o objetivo da pesquisa é divulgar as informações para Organizações Não Governamentais (ONGs), Institutos e para o Governo do Estado. A idéia, segundo ele, é que os representantes públicos possam usar as informações para tomada de decisão.

Fonte: Daniel Panobianco (De Olho no Tempo), com informações do INPA

 

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