Terça-feira, 15 de agosto de 2023 - 07h20
A
execução da Operação Mapinguari, que marca a participação de diversos órgãos
públicos estaduais e municipais, visando o cumprimento de decisão judicial para
a desocupação do Parque Estadual de Guajará-Mirim, teve início no domingo (13),
com a chegada de tropas especializadas da Polícia Militar de Rondônia – PMRO no
local em litígio, marcando assim, o início da 2ª fase da Operação, com a
execução dos cumprimentos judiciais na área respectiva. Toda a estrutura
montada na região, bem como as rotinas da operação já estão em pleno
funcionamento.
PRIMEIRA
FASE
Um
planejamento foi necessário para se chegar na atual etapa, com a realização de
planejamentos integrados, que perduraram meses antes do início da Operação em
sua 1ª fase, ocorrida em (6) de agosto. Até o dia (13), a respectiva fase visou
a instalação temporária de equipamentos e logísticas necessárias para a comunicação
na região, bem como recepção da tropa que atuará em apoio aos Oficiais de
Justiça, no cumprimento da ordem judicial de desocupação.
Um
trabalho de identificação e mapeamento da área invadida foi realizado, sendo
confirmado grandes locais de desmatamento, criações de bovinos com mais de 2
mil cabeças de gado e várias moradias. “Dentro da Unidade de Conservação nós
iremos cumprir a lei. Existe uma ordem judicial e a Polícia Militar é aquela
que apoia a execução realizada pelos oficiais de justiça ostensivamente”,
explicou o coronel PM Regis Braguin.
DESOCUPAÇÃO
DA REGIÃO
O
Comandante da Operação, tenente-coronel PM Adenilson Silva disse que, a Polícia
Militar e demais órgãos como Ministério Público, Poder Judiciário, Secretarias
de Assistência Social, de Desenvolvimento Ambiental, de Segurança, Idaron,
Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, dentre outros, já estão apoiando a
execução da ordem judicial e espera que a operação continue transcorrendo de
forma pacífica e ordeira. Ainda segundo o comandante, a 2ª fase da Operação
iniciou com resultados positivos, visto que, cerca de 50% dos invasores já
saíram da região, além da retirada voluntária de centenas de gados dos pastos
em áreas desmatadas.
As
ações sociais iniciaram-se para o acolhimento de invasores em situação de
vulnerabilidade
As
equipes policiais militares estão divididas no terreno em bases, das quais
todas são compostas por representantes dos órgãos públicos participantes,
objetivando uma ação rápida, eficaz e em respeito à dignidade da pessoa humana.
“Agiremos com respeito devido junto aos invasores. Contudo, se porventura
houver resistência, usaremos a força necessária para apoiar no cumprimento da
ordem judicial”, ressaltou o comandante da Operação.
AÇÕES
SOCIAIS
As ações sociais iniciaram-se para o acolhimento de
invasores em situação de vulnerabilidade. Ao mesmo tempo em que há o
cumprimento da decisão judicial, a Operação realiza um trabalho de acolhimento
com a distribuição de alimentação, doação de brinquedos, roupas e calçados,
além do direcionamento ao atendimento social junto à Secretaria de Assistência
Social do Governo do Estado e prefeituras de Nova Mamoré e Guajará-Mirim.
DURAÇÃO
Com previsão de aproximadamente 20 dias, a 2ª fase da
Operação Mapinguari continuará até o começo de setembro. A expectativa é que a
ordem judicial seja cumprida em toda a região em litígio. A partir de então,
será iniciada a 3ª fase, buscando a regeneração e a preservação da
biodiversidade no Parque, com a presença marcante das forças de segurança
pública e órgãos de fiscalização ambiental na região.
MAPINGUARI
A Operação foi nomeada “Mapinguari”, pois é o símbolo
protetor das florestas. Uma criatura de apenas um olho, o qual simboliza o
controle de um Estado uníssono, sendo vários órgãos estatais mobilizados para o
alcance de um único objetivo: de preservação da fauna e flora.
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