Quinta-feira, 16 de agosto de 2007 - 06h33
Daniel Panobianco - A taxa de precipitação de chuvas da Amazônia está sofrendo alterações devido às queimadas e ocupação humana irregular. A maior floresta do planeta também tem um dos maiores volumes de chuva do mundo, em alguns locais chove mais de três mil milímetros por ano, com um ciclo de evaporação e precipitação natural altamente eficiente.
Com a chegada em larga escala do homem na Amazônia, ao longo dos últimos 30 anos, uma parte destes ciclos naturais está sendo alterada em algumas regiões, com conseqüências preocupantes do ponto de vista das alterações possíveis nos ciclos que sustentam o funcionamento dos ecossistemas da floresta. As emissões dos poluentes atmosféricos das queimadas na época da seca, entre os meses de agosto a novembro, também modificam profundamente as características físicas e químicas da atmosfera amazônica. E isso já é notório em Rondônia.
A baixa no nível dos rios não é só decorrente do período de estiagem. A prova maior está no rio Machado em Ji-Paraná, que apresenta hoje, o menor nível desde 2005, com apenas 3,75 metros. Isso os centros de pesquisas locais negam até o último centímetro porque previram o contrário. Enfocaram a todos que esse não seria um ano com problemas a pensar sobre os efeitos de uma longa e intensa estiagem em Rondônia. A prova está aos nossos olhos, não em dados gráficos e muito menos em estimativas de computadores. Os estudos da ciência em Rondônia precisam passar por uma radical transformação, urgentemente.
A fumaça retira nutrientes que são essenciais para a floresta, como o fósforo, que vai se perdendo durante o longo trajeto realizado em direção ao oceano Atlântico sul e ao Pacífico tropical. Com as queimadas são emitidas grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), os principais gases de efeito estufa, que causam um aumento médio global da temperatura do planeta. As emissões das queimadas também formam um poluente crítico, que é o gás ozônio (O3).
Nos últimos 20 anos o ecossistema terrestre está sofrendo pressões ambientais que estão alterando seus modos básicos de funcionamento. As conseqüências disso serão significativas, embora a ciência ainda não possa prever com exatidão quando, onde e quais serão as conseqüências. Mas as alterações globais no ciclo hidrológico têm conseqüências importantes, como modificações na taxa de precipitação em grandes áreas do globo, provavelmente afetando a produção agrícola. A Amazônia é uma área importante, pois é a maior fonte continental de vapor de água da atmosfera, além de guardar a maior biodiversidade global.
Eficiência pluviométrica
O segredo da eficiência da grande precipitação na Amazônia está na vegetação da maior floresta tropical remanescente do planeta. Os ingredientes que fazem uma gotícula de nuvem são basicamente dois, vapor de água e um núcleo de condensação de nuvens (NCN). Esse núcleo consiste numa minúscula partícula de aerossol (em geral com tamanho de 1 a 15 micrômetros) em torno do que o vapor de água se condensa, formando a gotícula microscópica. Essa gotícula cresce por uma série de processos físicos até chegar a um tamanho crítico, a partir do que, precipita como chuva.
Na floresta amazônica a principal fonte natural dessas partículas de NCN é a própria vegetação. Durante sua evolução, a floresta desenvolveu mecanismos muito eficientes para reciclar e manter seus preciosos nutrientes para fornecer a água que mantém o vigoroso ciclo hidrológico amazônico.
Dados: CPTEC/INPE – USP – ANA – ANEEL
Fonte: De olho no tempo – Rondônia – wwwdeolhonotempo.blogspot.com
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