Sexta-feira, 22 de junho de 2012 - 06h02
O secretário municipal de Meio Ambiente, de Porto Velho, José Carlos Gadelha, faz parte da comitiva de gestores municipais que entregou durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a carta Rio pela Sustentabilidade. O documento apresenta os resultados dos melhores projetos ambientais desenvolvidos nas capitais e discute a atuação dos governos locais na implantação de práticas sustentáveis. “Procuramos inserir os compromissos e demais recomendações com intuito de promover uma maior inserção do tema nas agendas governamentais”, relatou Gadelha.
A carta foi assinada por todos os secretários municipais das capitais e foi lida durante o C40, um fórum que reúne os prefeitos de 40 grandes metrópoles mundiais que está sendo realizado no Forte de Copacabana, em evento paralelo à Rio+ 20. “Assinamos um compromisso de desenvolver, através de nossos planejamentos programas e projetos que promovam o desenvolvimento, mas este sendo sustentável”, afirmou o secretário.
Gadelha explicou ainda que a Carta apresenta um compromisso das capitais em organizar um banco de dados contendo iniciativas de sucesso e indicadores sociais, ambientais e econômicos dos governos locais. “Esta com certeza é uma proposta positiva e de grande valia, pois temos o PIB que mede a economia de todo o mundo, mas não temos um índice que mostre os avanços alcançados no Meio Ambiente. É preciso saber quais cidades estão conseguindo diminuir o desmatamento, a poluição e dando o destino correto aos resíduos. E ainda quais as práticas mais eficientes, para que possam servir de modelo ou até mesmo der aplicada em outras cidades”, comentou.
Outro ponto citado por Gadelha que está incluso na Carta é sobre a articulação entre os diversos órgãos públicos como forma de garantir projetos de infraestrutura sustentáveis. “Isto vai promove o fortalecimento da educação ambiental, para sensibilizar a população e proporcionar uma mudança de comportamento dentro da própria sociedade”, citou.
Financiamentos
Ainda de acordo com o secretário, a Carta Sustentabilidade, sugere a criação de fundos financeiros baseados na taxação de produtos e serviços não sustentáveis. “É o princípio do poluidor pagador. Se uma atividade polui e não temos condições de substituí-la imediatamente, é necessário que ela contribua com um percentual que vai para um fundo de sustentabilidade. No Rio, a questão está posta e discutimos, junto com o Conselho de Meio Ambiente da cidade, para chegarmos a uma maneira de como isso pode se constituir de forma efetiva”, discursou o vice-prefeito do Rio e secretário municipal do Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz.
Fonte: Meiry Santos
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