Quinta-feira, 23 de dezembro de 2010 - 05h25
Em anos normais – sem a influência de fenômenos de larga escala como El Niño, La Niña ou ENSO – as chuvas e temperaturas comportam-se de maneira uniforme, ou seja, dentro dos padrões.
Mas como o Brasil é um país tropical, de proporções geométricas, com problemas angulares, discutidos em mesas redondas e governado por bestas quadradas, tragédias climáticas são apenas lembradas depois do ocorrido.
Foi assim com as mais de 130 mortes em outubro de 2008 em Santa Catarina, com os mais de 200 mortos em todo o verão deste ano, sem falar na tragédia em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, ou ainda nos temporais de vento e granizo no Sul e nas enchentes em Pernambuco.
Sempre, a imprensa prefere a repercussão do drama de uma família que perdeu tudo a que alguns segundos a mais na previsão de tempo, com textos mais elaborados e explicativos.
Tecnologia, o Brasil tem de sobra com renomados institutos, como o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e do CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Em ambos há repasse de informações sobre tempo severo às Defesas Civis e outros órgãos, mas a população em si com a farta ajuda da imprensa, seja ela no rádio, televisão, jornal ou internet prefere acreditar que no vizinho a casa pode cair, mas a sua continuará intacta.
Diversas são as ferramentas que fazem os cálculos para previsões de tempo. Uma delas que destacamos é o modelo norte-americano GFS, que projeta em 7 dias (168 horas), de 23 a 31 de dezembro, um volume preocupante de chuva em diversos Estados.
Destacamos áreas de maior probabilidade de chuva volumosa, acima de 150 milímetros (quase a média do mês todo em várias cidades) para parte do norte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina, região de Chapecó, boa parte do Paraná, com destaque para as áreas entre Cascavel, Maringá e Londrina, interior de São Paulo por completo, especialmente as áreas de Presidente Prudente, Araçatuba, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Marília, Bauru e Araraquara, sul e leste de Mato Grosso do Sul, áreas entre Ponta Porã e Três Lagoas, leste de Mato Grosso, vasta área entre Primavera do Leste, Barra do Garças e Água Boa, norte do Rio de Janeiro, principalmente a região de Porciúncula, Minas Gerais por completo, com amplo destaque às regiões de Muriaé, Uberaba, Governador Valadares, Montes Claros, Unaí e Teófilo Otoni, todo o Estado do Espírito Santo, sem exceções, sul, leste e oeste da Bahia, com destaque para a região de Barreiras, norte de Goiás, região de Posse, sul e centro de Tocantins, entre Gurupi e Palmas, centro-norte de Rondônia, entre Ariquemes, Porto Velho e Buritis e grande parte do Pará, especialmente as regiões de Ananindeua, Tracuateua e Santana do Araguaia.
Em toda esta imensidão citada, a água deverá cair sem dó nem piedade até o último dia do ano, onde alagamentos, enxurradas, carros arrastados, casas inundadas e gente sofrendo será cena não de suspense ou surpresa, mas sim do cotidiano.
Na segunda quinzena, entre 1 e 15 de janeiro de 2011, o GFS calcula até 200 mm de chuva para grande parte do Pará e Mato Grosso, além do sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, em especial, onde deslizamentos de encostas e morros poderão relembrar o inicio de 2010 para muitos moradores.
As previsões, cada vez mais confiáveis estão aos olhos de todos. A sociedade em si deve acordar para parâmetros retrógados usados hoje pela mídia ao ditar informações de utilidade pública, de interesse a uma massa populacional que direta ou indiretamente sofre as consequências de eventos naturais comuns no Brasil.
Não estamos falando de mudanças climáticas, aquecimento global ou outros assuntos relacionados às visões apocalípticas que muitos agora pregam. Estamos tratando de algo muito mais comum do que se pensa, da realidade que assola este país desde a sua descoberta, quando então não havia "Revolução Industrial" para o lançamento de gases poluentes na atmosfera para "complicar" o clima no planeta. Estamos falando de ciclos, não de visões ditas como antropogênicas (geradas pelo homem) para o agravamento das catástrofes fora, claro, o crescimento desordenado nas cidades que transformam uma simples pancada de chuva de verão de 15 milímetros em um alagamento de horas intermináveis.
Atenção redobrada nos últimos dias de 2010 e logo ao inicio de 2011! Cidades serão fortemente castigadas por águas do céu e não por visões bíblicas!
(Fonte: De olho no tempo)
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