Sexta-feira, 23 de julho de 2021 - 11h20
Sistematizar
os catadores para que se organizem visando melhorar a maneira como fazem a
coleta e a renda de forma mais articulada são alguns dos objetivos do Cata Mais
Rondônia, cujo trabalho de consultoria está sendo realizado pelo Instituto
Euvaldo Lodi de Rondônia (IEL-RO) em parceria com o Governo Estadual e
Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas).
A equipe
do IEL-RO iniciou os trabalhos há um ano com a participação de trabalhadores
que atuam como catadores de resíduos e materiais recicláveis em Porto Velho,
Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste, municípios que compõem a Regional Um e
que fazem parte do projeto piloto. O prazo desta primeira etapa encerra dia 7
de agosto.
Para
alcançar os objetivos, o projeto conta com o envolvimento de profissionais de
várias áreas como advogados, economistas, contadores, engenheiros ambientais,
assistentes sociais e articuladores reunidos pelo IEL para atender os
catadores.
Conforme
o coordenador de Educação Básica e Profissional do SESI-SENAI-IEL, Jair Coelho,
a ideia é criar associações legalizadas, inclusive com manual de utilização da
mão de obra, organização, escoamento do material e a negociação de preços. “Tem
ainda a questão da segurança com o uso de Equipamento Individual de Proteção
(EPIs), pois antes, os catadores guardavam o que recolhiam em suas casas, então
o Governo Estadual em parceria com o IEL negociou com os prefeitos dos três
municípios da Regional Um, a doação de instalações próprias para este fim”, disse.
Coelho
destaca que o IEL-RO foi contratado pelo Governo, através da Seas para prestar
serviços de consultoria. “Houve o trabalho de conscientização mostrando e
ensinando aos catadores como trabalhar de forma mais organizada e produtiva. A
equipe do IEL atuou como mediadora junto às prefeituras das localidades que
compõem o projeto piloto, negociando os espaços onde as sedes foram montadas e
tomando providências referentes à legalização”, explica.
O
coordenador afirma que a importância desta iniciativa é crescente. “Primeiro é
fazer que estas pessoas trabalhem de forma mais digna, segundo é a relação
direta com a preservação do meio ambiente ao retirar resíduos sólidos para a
reciclagem e reutilização destes materiais. Outro ponto é oferecer uma estratégia
de trabalho como forma de organização dos núcleos dos catadores”.
“Cremos
que estas ações vão ecoar para que possamos envolver as demais regiões. A
iniciativa tem sido exitosa e está indo muito bem de acordo com o planejado, ou
seja, transformar o ato de recolher material recicláveis e resíduos sólidos em
ações organizadas e mais rentáveis para aqueles que atuam nesta área. O projeto
está transformando uma ação individual e desarticulada em associação organizada
para uma negociação mais favorável para os catadores e desta maneira melhorando
a renda e condições de vida”, garante Coelho.
Para o
superintendente do SESI-IEL e diretor regional do SENAI-RO, Alex Santiago, o
projeto está desenvolvendo ações criativas e colaborativas a fim de impactar
positivamente no reconhecimento e remuneração justa dos catadores e catadoras
de materiais recicláveis perante a sociedade civil, poder público e privado, no
Brasil e no mundo.
“São
vários os benefícios da coleta seletiva do lixo, tanto para o meio ambiente
quanto para a saúde da população, e a economia local com o que é produzido a
partir dos materiais recicláveis. Além da coleta seletiva, que tem gerado renda
para centenas de famílias, a implementação de projetos como o Cata Mais
Rondônia, vai gerar impactos positivos na vida das pessoas assistidas, de forma
que elas se tornem independentes, gerando renda e fortalecendo a economia do
Estado”.
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