Quarta-feira, 7 de agosto de 2024 - 13h38
O Comitê de Crise
Hídrica do governo de Rondônia se reuniu na terça-feira (6), em Porto Velho,
para atualização das ações de combate aos prejuízos socioambientais causados
pelo El-Niño, na
região Norte. Os efeitos são graves e já estão causando grandes danos à
população e ao meio ambiente. O grupo de secretarias e órgãos estaduais
realizou a atualização dos planos de trabalho de cada setor, e aprovou o
material publicitário institucional que estará em veiculação a partir desta
semana.
O
trabalho realizado pela Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) é mais uma
ferramenta adotada pelo governo de Rondônia para conscientizar a população
sobre o problema e descortinar as informações de modo que possam ser difundidas
a todos.
FORNECIMENTO
DE ÁGUA
A
fim de mitigar os efeitos causados pelo El-Niño, o governo está
preparando um projeto para a perfuração de pelo menos 200 poços em todo o
estado, de maneira que o fornecimento de água não seja comprometido. Órgãos
como a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e Secretaria de Estado da Saúde
(Sesau), também estão construindo processos para perfuração de poços em
unidades governamentais de suas responsabilidades, para garantir o fornecimento
de água aos estudantes e pacientes. As secretariais estaduais, também estão
montando processos de compras de geradores de energia, para que, em caso de
suspensão do fornecimento comum de energia, as unidades possam continuar em
operação.
QUALIDADE
DA ÁGUA
A
Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa/RO) começa a executar
nas próximas semanas, a operação “Vigiágua” que, em parceria com os municípios,
vai aferir, mensalmente, a qualidade da água que está sendo disponibilizada
para consumo humano. Ainda durante a reunião, fora informado que a Secretaria
de Estado de Assistência Social (Seas) já adquiriu águas e cestas básicas para
distribuição em caso de necessidade.
CONSUMO
CONSCIENTE
O
comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO) e líder do Comitê,
coronel Nivaldo de Azevedo ressaltou que, a crise hídrica já é uma realidade e
que as previsões feitas pelos meteorologistas estão cada vez mais
catastróficas. “De acordo com os relatórios que estamos recebendo, é provável
que o Rio Madeira (principal manancial de água do estado) esteja seco em pouco
tempo. Estamos em ritmo acelerado de trabalho para que a população não sofra
com o impacto, o problema, entretanto, é que ainda temos pelo menos quatro
meses de seca intensa pela frente”, afirmou.
O
trabalho realizado pelo Comitê destacou que 18 municípios do estado estão em
condições mais críticas que os demais, contudo, todo o território de Rondônia
está sofrendo em alguma proporção com os efeitos da seca intensa. “Estamos
diante de um problema grave, que está sendo enfrentado com profissionalismo e
agilidade, mas infelizmente as projeções para os próximos meses não são nada
boas”, explicou o coronel. Ainda, segundo o líder do Comitê, todas as pessoas
devem fazer sua parte, como por exemplo, o consumo consciente da água.
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