Sexta-feira, 28 de março de 2008 - 23h35
A desuniformidade de maturação dos frutos é uma das principais dificuldades a serem superadas para a realização de uma boa colheita do café, que em Rondônia começa no mês de abril para os cafés Robusta e Conilon.
Nas lavouras de café do Estado o produtor encontra plantas com maturações precoce, média e tardia. Por isso deverão ser colhidas primeiro as plantas que apresentarem 80% de frutos maduros e em seguida as demais, a fim de evitar-se colher um percentual elevado de frutos verdes. O café colhido verde perde na qualidade e no rendimento acarretando prejuízo ao produtor na época da comercialização. Quantidades excessivas de frutos verdes causam prejuízos na classificação por tipo, no peso do grão, no rendimento de colheita, no desgaste da planta, na qualidade da bebida e no valor do produto. Além disso, ocasiona maior desgaste da planta e provoca um elevado arranque das folhas e galhos, pois os frutos apresentam maior resistência para serem derriçados.
A colheita dos cafés Robusta e Arábica é uma tarefa complexa, com várias etapas e que requer mão-de-obra em quantidade. A Embrapa Rondônia recomenda a derriça no pano como a forma de colheita mais indicada para a Região Amazônica, pois dispensa a limpeza prévia do solo, usualmente feita nas lavouras de café Arábica, além de propiciar melhor qualidade dos frutos e evitar a proliferação da broca-do-café. A derriça no chão deve ser evitada, pois tende a aumentar os custos e diminuir a qualidade dos grãos de café, conforme tem se verificado no estado de Rondônia, diz o pesquisador da Embrapa Rondônia, Wilson Veneziano.
É no momento da colheita que se refletem os bons resultados dos tratos culturais realizados durante todo o processo de produção da lavoura de café, principalmente adubações, podas e desbrotas, observa João Maria Diocleciano, supervisor do Campo Experimental da Embrapa Rondônia em Ouro Preto d´Oeste.
Após o café colhido, o produtor deve ficar atento para o processo de pós-colheita.Por falta de cuidados nesta fase o cafeicultor desatento perde em média 30% do que produz.
Fonte: Embrapa - Daniela Garcia Collares (MTb/114/01 RR)
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