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Região Norte registra abrandamento da seca conforme a última atualização do Monitor de Secas

Fenômeno ficou mais brando no Amazonas, Pará e Roraima. Por outro lado, a seca se intensificou no Acre. No Amapá, Rondônia e Tocantins a intensidade do fenômeno se manteve estável. Região teve a maior intensidade de seca no Brasil em maio


Região Norte registra abrandamento da seca conforme a última atualização do Monitor de Secas - Gente de Opinião

Na comparação entre abril e maio, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em três dos sete estados da região Norte: Amazonas, Pará e Roraima. Já no Acre a seca se intensificou nesse período com o aumento da área com seca moderada no estado. Nos casos do Amapá, Rondônia e Tocantins; a intensidade do fenômeno se manteve estável. Nesse cenário a área com seca extrema na região Norte como um todo caiu de 20% para 15% do total, indicando um abrandamento regional da seca. Por outro lado, o Norte teve a condição mais severa de seca do País em maio com seca extrema em 2% da região e seca grave em 15% de sua área total.

Em termos de áreas com seca, o Norte teve uma leve redução da área total com o fenômeno, que caiu de 85% para 83% entre abril e maio em virtude da diminuição da área com seca no Amapá e no Pará. Já no Acre e em Rondônia a área com o registro do fenômeno aumentou, enquanto Amazonas e Roraima se mantiveram com seca na totalidade de seus territórios e Tocantins permaneceu com seca no patamar de 98% de sua área. A seguir estão os destaques por estado da região Norte em maio.

Cenário nacional


Entre abril e maio, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em quatro unidades da Federação, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Amazonas, Mato Grosso, Pará e Roraima. Já em outros três estados a seca se intensificou nesse período: Acre, Minas Gerais e São Paulo. Em termos de severidade, a seca ficou estável em 14 unidades da Federação: Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins. Os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina seguiram sem registrar o fenômeno, que deixou de ser verificado tanto em Alagoas quanto em Sergipe.

Na comparação entre abril e maio, 12 unidades da Federação registraram o aumento da área com seca: Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Tanto no Amapá quanto no Pará houve uma diminuição da extensão da seca, que deixou de ser registrada em Alagoas e Sergipe. Em outras sete unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Roraima e Tocantins. Já a Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina seguiram livres de seca em maio.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.


Quatro unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio deste ano: Acre, Amazonas, Distrito Federal e Roraima. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 11% a 98%.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.


Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de maio, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. No total, entre abril e maio, a área com o fenômeno aumentou de 5,68 milhões para 5,83 milhões de km², o equivalente a 68% do território brasileiro.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.


O Monitor de Secas


O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

 

Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o Monitor de Secas é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em seus respectivos estados no Norte são as seguintes:

 

  • AMAZONAS: Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Amazonas (SEMA/AM);
  • ACRE: Secretaria de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (SEMAPI/AC);
  • AMAPÁ: Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA/AP);
  • PARÁ: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS/PA);
  • RONDÔNIA: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM/RO);
  • RORAIMA: Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (FEMARH/RR);
  • TOCANTINS: Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH/TO).

 

O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.


A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região. 


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