Terça-feira, 4 de março de 2008 - 09h27
Luana Lourenço
Agência Brasil
Brasília - A decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de condicionar a concessão de financiamentos rurais ao cumprimento de critérios ambientais nos cerca de 700 municípios da Amazônia Legal deverá inibir o avanço da exploração predatória da floresta pelos pecuaristas, mas não será tão efetiva em relação aos produtores de soja e madeireiros. A avaliação é da coordenadora da Iniciativa Amazônia do Instituto Socioambiental (ISA), Adriana Ramos.
Pelas novas regras, que já valerão para a safra 2008/2009, ao pedir empréstimos, os produtores rurais da região terão de apresentar o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), certidões ou licença ambiental do imóvel onde o projeto será executado. A regra será aplicada em empréstimos concedidos por bancos públicos e privados.
No entanto, segundo Ramos, a maior parte dos financiamentos para produção de soja não é feita por instituições bancárias, mas por empresas que não estão subordinadas às resoluções do CMN.
"A medida vai atingir diretamente o setor da pecuária que é um dos setores que mais se beneficiam dos créditos, mas temos uma preocupação de como isso pode ser eficaz para outros setores agrícolas, como a produção de soja e de milho, que normalmente são pré-financiadas por grandes empresas comercializadoras. E essas empresas não se enquadram como agentes financeiros, portanto as regras do CMN não se aplicam a elas", aponta.
A exploração madeireira também não está diretamente vinculada a mecanismos financeiros tradicionais, além de "não ser o principal vetor do desmatamento", segundo Ramos.
Na avaliação da representante do ISA, a decisão do CMN "é uma das medidas mais importantes recentemente anunciadas, além de ser uma demanda antiga dos movimentos ambientais". A expectativa, segundo ela, é que a restrição financeira pressione o cumprimento das leis ambientais e contribua para o controle das atividades predatórias na Amazônia.
"Mas é preciso que a aplicação seja bem acompanhada pelos órgãos públicos e que haja também treinamento dos agentes financeiros no campo para que as regras sejam efetivamente cumpridas", destacou.
Em janeiro, um estudo do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) concluiu que as facilidades de crédito concedidas pelo Banco da Amazônia podem ter influenciado o crescimento do desmatamento na região.
Rondônia é líder em controle de desmatamento na Amazônia Legal, destaca Ministério do Meio Ambiente
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Governo Federal, publicou nesta semana levantamento que mostra os índices de desmatamento em to
Operação “Silentium et Pax” do Batalhão de Polícia Ambiental reprime poluição sonora em Porto Velho
Em uma ação estratégica para garantir o sossego e a qualidade de vida da população, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) deu andamento à Operação “
Cremero implanta práticas internas entre colaboradores para incentivar a sustentabilidade
Como órgão público, é dever garantir que as atividades e decisões impactem positivamente a sociedade e o meio ambiente. Esta é uma das premissas que
Porto de Porto Velho faz reconhecimento de pontos críticos no Rio Madeira
Com o objetivo de fazer o reconhecimento visual de pontos críticos do Rio Madeira, a diretoria do da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Ro