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Rio+20 tem que debater a questão econômica para que a questão ambiental avance



Rio+20 tem que debater a questão econômica para que a questão ambiental avance - Gente de OpiniãoAlana Gandra
Agência Brasil

Rio de Janeiro - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (4) no Rio que a questão econômica tem que estar na pauta de debates da Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável) porque, segundo ela, se isso não ocorrer a questão ambiental não avança. “Tem que ser envolvida a questão econômica, senão a questão do meio ambiente não avança”.

De acordo com Izabella Teixeira, nesse debate não se pode separar mais as áreas social, ambiental e econômica. “Em lugar nenhum. Não se pode mais dividir isso", ressaltou. A ministra também quer uma presença mais atuante dos países desenvolvidos no debate ambiental. “Está na hora de os países desenvolvidos colocarem sobre a mesa seus projetos, e não só os países em desenvolvimento”.

Izabella Teixeira participou da solenidade de inaguração do Instituto Global para Tecnologias Verdes e Emprego, que vai articular pesquisas e estudos da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) sobre mudanças do clima.

O diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa, disse que o instituto “é um desdobramento de algo que a gente já vem desenvolvendo há muitos anos e, agora, com o governo do estado e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), nós demos esse caráter internacional”. A nova unidade da Coppe tem apoio da Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro e do Pnuma.

Pinguelli ressaltou que o instituto não se limitará a ser uma fonte de subsídio técnico para o governo brasileiro e os programas da Organização das Nações Unidas (ONU). “Não é só para planejamento, não. A nossa ideia é atuar na formulação de novas soluções tecnológicas, como hidrogênio, por exemplo. A gente quer dar ênfase às novas tecnologias e também continuar fazendo desenvolvimento e gestão”.

A iniciativa contribuirá para tornar o Rio de Janeiro referência em pesquisas de tecnologias voltadas para a economia verde. “A gente quer isso como um legado da Rio+20. Um reconhecimento das coisas que a gente já faz e possibilidades de fazer outras”, acrescentou.

Para o secretário estadual do Ambiente do Rio, Carlos Minc, o novo instituto representa a confluência de dois temas que vão ser debatidos na Rio+20: governança global e economia verde. Minc declarou que o instituto fortalece a ideia de governança global dada à sua relação com o Pnuma.

Sobre a economia verde, o secretário disse ver esse conceito como “um conjunto de mecanismos econômicos, creditícios, fiscais, tecnológicos, entre outros, que alicerçam o desenvolvimento sustentável com vistas ao combate à fome e à exclusão, para promover uma economia de baixo carbono e a vida no planeta”.

O diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, presente à inauguração do novo instituto da Coppe, comentou que o relatório da ONU sobre empregos relacionados a tecnologias sustentáveis, lançado recentemente em Genebra, na Suíça, sugere que uma transformação para uma economia mais verde poderia gerar entre 15 milhões e 60 milhões de novos empregos em todo o mundo, “e tirar dezenas de milhões de trabalhadores da pobreza”.

Esses empregos, enfatizou Steiner, serão criados por aqueles países “cujos líderes tenham a visão de futuro para promover o crescimento e a melhoria da renda, sem destruir a fonte básica da nossa riqueza: o meio ambiente”.
 

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