Sábado, 20 de setembro de 2008 - 12h43
A quantidade de queimadas observadas nas mesmas localidades do Estado prova que as ações de fiscalização deixam a desejar em Rondônia.
Daniel Panobianco – Imagine que você tem uma propriedade rural e que há mais de um mês essa propriedade registra focos de queimadas diariamente. Lembre-se de que hoje temos tecnologia suficiente para detectar em cada metro quadrado de terra onde esse foco de incêndio é registrado. Temos satélites potentes, capazes de enxergar acima das nuvens, cada rastro de fogo no quintal de uma casa, por exemplo.
Grande parte dos focos de queimadas observados em Rondônia, desde o mês de agosto, estão ocorrendo nas mesmas propriedades. Em maior escala, dentro da Floresta Nacional do Bom Futuro, em Porto Velho – área que seria protegida por lei federal – e no Vale do Guaporé, entre Costa Marques e São Francisco do Guaporé, aos pés da Serra dos Reis.
Esses são focos, que diariamente se repetem, portanto, a justificativa para a não-aferição de tais informações que levem aos verdadeiros culpados, não está correta.
Hoje, seguramente, podemos saber quem, quando, onde e como colocaram fogo na mata ou em áreas de renovação de pastagens. O que falta é um pouco mais de boa vontade dos governantes em fiscalizar e multar os infratores. Campanhas publicitárias no rádio e tevê são bem vindas, mas ficam restritas apenas a quem não tem um palmo de terra para colocar fogo. Os verdadeiros culpados, que ano após ano desmatam a floresta, são os menos atingidos por publicidades secundárias.
A confirmação de que nada adianta num Estado onde os poderes não trabalham afinco está ai. O número assustador de queimadas registradas em Rondônia num único só dia; Ao todo, os satélites registraram entre a 00 hora (UTC) de sexta-feira, 19, e 00 hora (UTC) deste sábado, 20, nada mais que 341 focos de queimadas em solo rondoniense. Essa é a maior quantidade de focos de queimadas registradas num único só dia em Rondônia, um recorde anual de focos de incêndios.
Onde está o erro? Temos consciência de que o longo período agravado de estiagem contribui e muito para a proliferação dos focos existentes, mas devemos lembrar que um foco de queimada não começa por causas naturais. Existem culpados, mas infelizmente, não são punidos. Essa é a verdade do meio ambiente amazônico.
Detecção de queimadas feita pelo satélite NOAA-15 da NASA |
Dados: CPTEC/INPE
Fonte: De olho no tempo
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