Segunda-feira, 30 de junho de 2008 - 23h39
Segundo o coordenador do monitoramento de estações automáticas do Instituto, novas estações estão sendo negociadas com as Forças Armadas para serem instaladas na fronteira com a Bolívia.
Daniel Panobianco O INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) de Brasília informou nesta segunda-feira que irá aumentar a sua rede de coleta de dados em estações meteorológicas automáticas em todo o Brasil até o final do ano. Em Rondônia, o Instituto já assegurou que quatro estações serão instaladas até o final do ano, duas agora no mês de julho.
Segundo o coordenador do monitoramento de estações automáticas do INMET, José Mauro Rezende, Rondônia passa a ser um dos Estados mais beneficiados com o monitoramento meteorológico em 2008. Estaremos montando agora no mês de julho uma estação automática em Vilhena e outra em Cacoal, e provavelmente até o final do ano, outra automática será instalada em Ariquemes e uma quarta em Ji-Paraná, complementa. Rezende afirmou ainda que negociações entre o MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) e as Forças Armadas estão sendo tomadas a fim de instalar mais estações em Rondônia até o final do ano, sendo uma em Guajará-Mirim, uma em Machadinho d Oeste, e duas em Porto Velho, nos povoados de Rio Novo e Caldeirão, esta última em virtude da instalação da usina hidrelétrica do Madeira.
Em todo o Brasil, o INMET dispõe de 394 estações meteorológicas automáticas em funcionamento. As estações automáticas não necessitam de funcionários propriamente encarregados de colher os dados e enviar para o Instituto em Brasília. O envio dos dados coletados é feito através de um sensor automático que gera as informações a partir de um driver e em seguida pelo satélite, para só depois chegar ao INMET na capital federal.
O Estado de Rondônia é um dos mais carentes desse tipo de tecnologia. Apenas uma estação automática do INMET está instalada, a de Porto Velho, que fica às margens da rodovia BR-364, sentido Cuiabá, no bairro Cascalheira. Na capital, ainda existe outra estação meteorológica, só que de responsabilidade da REDEMET (Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica) que está instalada no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira de Oliveira.
Outras duas estações também são de responsabilidade da REDEMET, uma em Vilhena e outra em Guajará-Mirim, ambas instaladas nos aeroportos locais.
Ainda há uma parceria entre empresas responsáveis pelas PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e SEDAM (Secretaria do Estado de Desenvolvimento Ambiental) com mais 12 estações de coletas de dados no Estado, as chamadas PCDs (Plataformas de Coletas de Dados). Infelizmente quase a totalidade envia dados também através de sensor via-satélite para a central em Cuaibá-MT, com enormes falhas. As instituições responsáveis não calibram as mesmas PCDs, por negligência, pois recursos do MCT chegam todos os anos única e exclusivamente para reparos em aparelhagens de pesquisas. A PCD de Vilhena, por exemplo, desde dezembro de 2004 está descalibrada após a queda de um raio na antena do sensor, que está instala na EMBRAPA, segundo informou o pesquisador da EMBRAPA Soja, Vicente Godinho.
A instalação de novas áreas de coletas de dados em Rondônia vai facilitar o acompanhamento dos eventos climáticos que ocorrem no Estado, como extremos de variáveis, por exemplo.
Dados: INMET
Fonte: De olho no tempo
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