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Meio Ambiente

Rondônia e Mato Grosso batem São Paulo em emissão de monóxido carbono


4. 665 é o número de focos de incêndio em Mato Grosso, causados por queimadas que vêm assolando o Estado há três meses.  Qual o Estado mais poluído do Brasil?  Erra quem responder que é São Paulo devido ao seu altíssimo grau de industrialização.  O mais novo mapa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que Rondônia e Mato Grosso têm o maior índice de concentração de monóxido de carbono (CO) na atmosfera em decorrência das queimadas que este ano vêm assolando há três meses as regiões Norte e Centro-Oeste.

Apesar do Hino de Rondônia fazer referência ao belo céu azul do Estado, o que se vê é um pálido céu cinza contrastado por um opaco sol vermelho – atravessa-se nesse momento o pior período de estiagem já registrado ao sul da Amazônia.  Já se contam 5.020 focos de incêndio no Pará, 4.665 no Mato Grosso e 1.663 em Rondônia, o dobro de ocorrências em relação ao ano passado.  Segundo pesquisa da Divisão de Proteção Ambiental (DPA) de Porto Velho, as queimadas são provocadas não apenas pela estiagem, mas, também, pelos agricultores que ateiam fogo para renovar pastos e abrir novas áreas de ocupação.

QUeimadas, o Estado de São Paulo não fica atrás no ranking da poluição – e a grande vilã é a capital.  O ar que o paulistano respira não se chama ar, chama-se carro: o crescimento anual da frota é de 5% e são eles os responsáveis por 92% da poluição na cidade.  Anualmente, esses carros lançam na atmosfera cerca de 1,5 milhão de toneladas de monóxido de carbono.  Segundo o Detran, todos os dias São Paulo recebe cerca de 870 carros e motos novos, o que aumenta em 5% a emissão de poluentes.  Boa parte do caos climático deve-se à alta concentração de enxofre nos combustíveis.  Em 2002, o Conselho Nacional do Meio Ambiente determinou que a concentração dessa substância deveria ser reduzida de 500 ppm para 50 ppm (partícula por milhão).  Essa determinação, no entanto, ainda não saiu do papel.

O setor automobilístico alega que espera as especificações da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para se adaptar e a ANP se defende afirmando que ainda avalia os impactos sociais e econômicos que a mudança trará.  Procurada por ISTOÉ, a Petrobras não explicou por que ainda não fez as alterações no combustível.  "Se nada for feito, vamos proibir a comercialização com o alto índice de enxofre, nem que tenhamos de importar o combustível", diz Xico Graziano, secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo.  Se nada for feito, estima-se que a concentração de poluentes poderá crescer 74% até 2020.  Como protesto, nesse sábado 22 ocorre em todo o mundo o "Dia Sem Carro" (No Car Day), quando todos os motoristas devem deixar seus automóveis na garagem.  Bom momento para se dar uma saudável caminhada

Fonte: 24 Horas News

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