Quarta-feira, 1 de agosto de 2012 - 14h40
Um anfíbio de corpo alongado, cilíndrico e de pele lisa, se assemelhando a uma serpente, porém, sem pulmões e sem escamas externas, foi encontrado no rio Madeira, na região da Usina Hidrelétrica Santo Antônio. Atretochoana eiselti, como foi nomeado pela ciência, o anfíbio encontrado é “parente” dos sapos, pererecas e salamandras e pertence a um grupo de espécies conhecido popularmente como cobras-cegas ou cecílias, que respiram pela pele. Até agora essa espécie era conhecida apenas por meio de dois exemplares preservados no Museu de História Natural de Viena e no departamento de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília, para os quais não se sabia até então sua procedência ou como viviam.
A espécie foi encontrada por biólogos da Santo Antônio Energia durante os trabalhos de resgate na ensecadeira localizada no antigo leito do rio Madeira, onde está sendo construído o grupo gerador quatro, com as 12 últimas turbinas do total de 44 do empreendimento. “Resgatar um animal tão raro como este foi uma sensação fora do comum. Procurei referências bibliográficas, entrei em contato com outros pesquisadores e vimos que se tratava de Atretochoana eiselti”, descreveu o biólogo Juliano Tupan, analista Socioambiental da Santo Antônio Energia.
Dos seis exemplares resgatados (o maior deles com um metro de comprimento), três foram devolvidos saudáveis para o rio Madeira, dois foram preservados para estudos científicos e um acabou morrendo. Os dois animais preservados foram encaminhados para o Museu Paraense Emilio Goeldi, que irá estudar a espécie na tentativa de descobrir os detalhes sobre sua morfologia, habitat, alimentação, comportamento e evolução.
Segundo o biólogo Juliano Tupan, o que torna o animal tão especial é o fato de não possuir pulmões, mesmo sendo considerado grande, com mais de um metro de comprimento. “Geralmente, apenas animais pequenos, como um grupo de salamandras e uma rã pequena, são apulmonares”, explica o biólogo. Outro motivo que faz a descoberta do anfíbio no rio Madeira ser tão comemorada é por se tratar do terceiro exemplar conhecido no mundo, sendo o primeiro com localidade certa. “O que está no museu de Viena só tem como localidade “América do Sul” e o que está na Universidade de Brasília não tem dados de localidade. Agora, confirmamos que a espécie vive no Brasil, na planície da bacia amazônica, em águas turvas e quentes”, acrescenta o biólogo. Mais recentemente, depois da descoberta no Madeira, a espécie foi encontrada por pescadores de camarões na praia de Marahú, na Ilha do Mosqueiro, em Belém, no Pará.
O resgate do Atretochoana eiselti no rio Madeira foi tema de um artigo escrito pelos pesquisadores do Museu Paraense Emilio Goeldi, Marinus Steven Hoogmoed e Adriano Oliveira Maciel, e por Juliano Tupan. O texto foi publicado no boletim do museu, que é um dos periódicos científicos mais antigos do Brasil.
Santo Antônio Energia contribui
com a geração de conhecimento
Desde o início da construção da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, em setembro de 2008, pesquisadores e biólogos da Santo Antônio Energia já identificaram cerca de 650 espécies de animais que foram resgatados na área do empreendimento e do reservatório da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, alguns deles raros entre as coleções científicas do mundo e outros novos para a ciência. Os estudos fazem parte do compromisso da empresa com a geração de conhecimento e com a Sustentabilidade, para a qual são investidos R$1,3 bilhão.
Fonte: Carla Nascentes
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